Profecias Morenas

Um homem de Igreja e de Estado, piedoso e combativo, sacerdote e político. Em Profecias Morenas, o padre Antonio Vieira, profeta para o autor Jorge Araujo, é mais uma vez rastreado em sua cosmovisão e filosofia e em sua identidade religiosa e panfletária. Mais uma vez é descortinado em seu percurso de indivíduo dissimulado.

O modelar ensaio publicado pelo professor Jorge de Souza Araujo em 1999 – Profecias Morenas: Discurso Do Eu E Da Pátria Em Antonio Vieira – final e felizmente encontra nova edição neste ano.

Ao transcender a preocupação com a tópica seiscentista, enfoque fossilizado em abordagens a Gregório de Mattos e Guerra e ao padre Antonio Vieira, o ensaísta analisa a produção discursiva do sacerdote, sem elidir as marcas da existência, os traços de sua história de vida, mas para muito além da mera crítica biográfica que instaurou uma tradição em nosso país desde seu lócus originário na crítica e na história da literatura durante o século XIX.

O córpus deste trabalho investigativo-analítico é composto por cartas e sermões de Vieira, com recorte marcado em sua correspondência ativa e nas pregações realizadas em território baiano.

Não se trata, contudo, e como alertamos, de uma tentativa de reconstruir o eu biográfico nas malhas do discurso, mas de entender os graus de autonomia que porventura se apresentassem como possíveis ao sujeito produtor no século XVI.

Como sabemos, esse ficava então circunscrito aos dogmas religiosos, à retórica da época e aos aparelhos de controle capazes de garantir a permanência das normas e das regras morais que regiam a sociedade colonial.

Já na introdução ao texto ora apresentado, que se denomina “Um Vieira fora da ordem”, o estudioso esclarece seu intento de se voltar à escrita do padre, considerando “as modulações psicológicas do indivíduo autor, sua natureza multifária e dispersa, ora acrescentando-se em angústia e autocomiseração, ora excluindo-se do discurso para privilegiar zonas obscuras que digam respeito às lacunas sociomorais e religiosas, o que faz em testemunho e crítica infatigavelmente”.

http://livrandante.com.br/contribuicao/caneca-magica-forrozim-preta/

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Um homem de Igreja e de Estado, piedoso e combativo, sacerdote e político. Em Profecias Morenas, o padre Antonio Vieira, profeta para o autor Jorge Araujo, é mais uma vez rastreado em sua cosmovisão e filosofia e em sua identidade religiosa e panfletária. Mais uma vez é descortinado em seu percurso de indivíduo dissimulado.

O modelar ensaio publicado pelo professor Jorge de Souza Araujo em 1999 – Profecias Morenas: Discurso Do Eu E Da Pátria Em Antonio Vieira – final e felizmente encontra nova edição neste ano.

Ao transcender a preocupação com a tópica seiscentista, enfoque fossilizado em abordagens a Gregório de Mattos e Guerra e ao padre Antonio Vieira, o ensaísta analisa a produção discursiva do sacerdote, sem elidir as marcas da existência, os traços de sua história de vida, mas para muito além da mera crítica biográfica que instaurou uma tradição em nosso país desde seu lócus originário na crítica e na história da literatura durante o século XIX.

O córpus deste trabalho investigativo-analítico é composto por cartas e sermões de Vieira, com recorte marcado em sua correspondência ativa e nas pregações realizadas em território baiano.

Não se trata, contudo, e como alertamos, de uma tentativa de reconstruir o eu biográfico nas malhas do discurso, mas de entender os graus de autonomia que porventura se apresentassem como possíveis ao sujeito produtor no século XVI.

Como sabemos, esse ficava então circunscrito aos dogmas religiosos, à retórica da época e aos aparelhos de controle capazes de garantir a permanência das normas e das regras morais que regiam a sociedade colonial.

Já na introdução ao texto ora apresentado, que se denomina “Um Vieira fora da ordem”, o estudioso esclarece seu intento de se voltar à escrita do padre, considerando “as modulações psicológicas do indivíduo autor, sua natureza multifária e dispersa, ora acrescentando-se em angústia e autocomiseração, ora excluindo-se do discurso para privilegiar zonas obscuras que digam respeito às lacunas sociomorais e religiosas, o que faz em testemunho e crítica infatigavelmente”.

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