Foucault E As Teorias Do Reconhecimento

Este livro aborda um tema relevante para as políticas de inclusão em curso e o sentido estratégico das teorias do reconhecimento.

Este livro aborda um tema relevante para as políticas de inclusão em curso e para se discutir nos campos filosófico e educacional o sentido estratégico das tecnologias do reconhecimento nas lutas em prol de uma governamentalidade biopolítica da população, especialmente, com o avanço do neoliberalismo.

O autor parte para tanto de um problema enfrentado em sua trajetória como proveniente de setores dessa população que, ao ingressar na universidade após décadas de lutas, se defronta com uma regulamentação jurídica que os reconhece como novo sujeito da justiça social, mas que exige que abram mão das diferenças constitutivas de seu ethos em formação – que potencialmente poderiam produzir subjetivações outras - para se adequar aos seus jogos produtivistas e, porque não dizer, à certa qualificação como sujeito econômico.

Esse processo ocorre conjuntamente com a introdução de uma série de dispositivos que os individualiza de uma forma totalizante, ao mesmo tempo em que distribui esses setores da população no ensino superior.

Partindo desse testemunho e de certa indignação de que fora neutralizada por esse processo qualquer interpelação de uma cultura acadêmica elitista, outras vezes excessivamente pragmática, o livro explora as fontes filosóficas apropriadas na discussão proposta para respaldar essa micropolítica de reconhecimento e para sugerir outros usos de suas tecnologias nas lutas por inclusão: como afirmação das diferenças e como focos de resistência aos devires majoritários em circulação na universidade brasileira.

Em torno desse eixo o seu autor elabora um percurso bastante produtivo e impressionante – por se tratar dos resultados de uma tese de doutorado –, abarcando o pensamento de filósofos como Charles Taylor, Axel Honneth, Judith Butler e, especialmente, Michel Foucault.

Não por coincidência o embate produzido por esses filósofos é similar aquele que emerge no campo das pesquisas em filosofia da educação, demonstrando haver aí mais do que uma complementaridade de argumentos que sustentam as políticas de inclusão no Brasil, mas um dissenso claro, no que se refere à temática do reconhecimento, ainda que inadvertido.

Nesse sentido, os argumentos do livro são o de que as teorias do reconhecimento que se apóiam numa esfera jurídico-política e que vislumbram em suas lutas a construção de sociedades inclusivas, como as de Taylor e de Honneth, conferem às diferenças constitutivas dos setores mais vulneráveis da população a necessidade de serem respeitados e tratados com certa concessão de um lugar de direitos sociais.

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O autor parte para tanto de um problema enfrentado em sua trajetória como proveniente de setores dessa população que, ao ingressar na universidade após décadas de lutas, se defronta com uma regulamentação jurídica que os reconhece como novo sujeito da justiça social, mas que exige que abram mão das diferenças constitutivas de seu ethos em formação – que potencialmente poderiam produzir subjetivações outras – para se adequar aos seus jogos produtivistas e, porque não dizer, à certa qualificação como sujeito econômico.

Esse processo ocorre conjuntamente com a introdução de uma série de dispositivos que os individualiza de uma forma totalizante, ao mesmo tempo em que distribui esses setores da população no ensino superior.

Partindo desse testemunho e de certa indignação de que fora neutralizada por esse processo qualquer interpelação de uma cultura acadêmica elitista, outras vezes excessivamente pragmática, o livro explora as fontes filosóficas apropriadas na discussão proposta para respaldar essa micropolítica de reconhecimento e para sugerir outros usos de suas tecnologias nas lutas por inclusão: como afirmação das diferenças e como focos de resistência aos devires majoritários em circulação na universidade brasileira.

Em torno desse eixo o seu autor elabora um percurso bastante produtivo e impressionante – por se tratar dos resultados de uma tese de doutorado –, abarcando o pensamento de filósofos como Charles Taylor, Axel Honneth, Judith Butler e, especialmente, Michel Foucault.

Não por coincidência o embate produzido por esses filósofos é similar aquele que emerge no campo das pesquisas em filosofia da educação, demonstrando haver aí mais do que uma complementaridade de argumentos que sustentam as políticas de inclusão no Brasil, mas um dissenso claro, no que se refere à temática do reconhecimento, ainda que inadvertido.

Nesse sentido, os argumentos do livro são o de que as teorias do reconhecimento que se apóiam numa esfera jurídico-política e que vislumbram em suas lutas a construção de sociedades inclusivas, como as de Taylor e de Honneth, conferem às diferenças constitutivas dos setores mais vulneráveis da população a necessidade de serem respeitados e tratados com certa concessão de um lugar de direitos sociais.

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