No Ar Rarefeito

No começo da tarde do dia 10 de maio de 1996, Jon Krakauer alcançou o cume do Everest, a 8848 metros de altitude. Ele não dormia há mais de 56 horas e estava zonzo pela falta de oxigênio.

Ao se voltar para começar a longa e perigosa descida, outras vinte pessoas ainda se arrastavam em direção ao topo. Ninguém percebeu que o tempo ameaçava piorar. Seis horas depois, mil metros abaixo e exposto a um vento terrível, Krakauer finalmente chegou a sua barraca e ali se estatelou, congelando, sofrendo alucinações advindas da exaustão e da hipoxia. Mas estava a salvo. Na manhã seguinte ficou sabendo que seis de seus companheiros de escalada não tinham conseguido voltar ao acampamento e tentavam desesperadamente sobreviver debaixo da tempestade. Quando o tempo por fim melhorou, cinco deles estavam mortos, e o sexto tinha as mãos e o rosto quase completamente comprometidos pelo congelamento.
No ar rarefeito é um relato impressionante sobre a temporada mais trágica da história do Everest. Contratado pela revista Outside para fazer uma reportagem a respeito da crescente comercialização da montanha, Krakauer, alpinista experiente, foi ao Himalaia como cliente de Rob Hall, o guia de alta montanha mais respeitado do mundo. Nascido na Nova Zelândia, 35 anos, Hall escalou o Everest quatro vezes entre 1990 e 1995, e nesse período levou 39 pessoas até o topo. Em 1996, subindo a montanha ao lado do grupo de Hall havia uma outra expedição, guiada por Scott Fischer, um americano de torça e determinação lendárias que em 1994 alcançou o pico sem oxigênio suplementar. Mas nem um nem outro sobreviveram à tempestade traiçoeira do dia 10 de maio.
Krakauer conta a história e faz uma reflexão sobre o encanto avassalador que o Everest exerce sobre as pessoas — inclusive ele mesmo —, levando-as a arriscar a vida, a ignorar os temores dos entes queridos e a se aventurar numa tarefa duríssima e caríssima. Escrito com emoção, mas sem perder de vista a objetividade, No ar rarefeito é um depoimento tocante, um livro que se lê de um fôlego só e nos faz pensar no sentido da vida e no poder por vezes terrível dos sonhos.

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No Ar Rarefeito

No começo da tarde do dia 10 de maio de 1996, Jon Krakauer alcançou o cume do Everest, a 8848 metros de altitude. Ele não dormia há mais de 56 horas e estava zonzo pela falta de oxigênio. Ao se voltar para começar a longa e perigosa descida, outras vinte pessoas ainda se arrastavam em direção ao topo. Ninguém percebeu que o tempo ameaçava piorar. Seis horas depois, mil metros abaixo e exposto a um vento terrível, Krakauer finalmente chegou a sua barraca e ali se estatelou, congelando, sofrendo alucinações advindas da exaustão e da hipoxia. Mas estava a salvo. Na manhã seguinte ficou sabendo que seis de seus companheiros de escalada não tinham conseguido voltar ao acampamento e tentavam desesperadamente sobreviver debaixo da tempestade. Quando o tempo por fim melhorou, cinco deles estavam mortos, e o sexto tinha as mãos e o rosto quase completamente comprometidos pelo congelamento.
No ar rarefeito é um relato impressionante sobre a temporada mais trágica da história do Everest. Contratado pela revista Outside para fazer uma reportagem a respeito da crescente comercialização da montanha, Krakauer, alpinista experiente, foi ao Himalaia como cliente de Rob Hall, o guia de alta montanha mais respeitado do mundo. Nascido na Nova Zelândia, 35 anos, Hall escalou o Everest quatro vezes entre 1990 e 1995, e nesse período levou 39 pessoas até o topo. Em 1996, subindo a montanha ao lado do grupo de Hall havia uma outra expedição, guiada por Scott Fischer, um americano de torça e determinação lendárias que em 1994 alcançou o pico sem oxigênio suplementar. Mas nem um nem outro sobreviveram à tempestade traiçoeira do dia 10 de maio.
Krakauer conta a história e faz uma reflexão sobre o encanto avassalador que o Everest exerce sobre as pessoas — inclusive ele mesmo —, levando-as a arriscar a vida, a ignorar os temores dos entes queridos e a se aventurar numa tarefa duríssima e caríssima. Escrito com emoção, mas sem perder de vista a objetividade, No ar rarefeito é um depoimento tocante, um livro que se lê de um fôlego só e nos faz pensar no sentido da vida e no poder por vezes terrível dos sonhos.

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