História Das Ideias Religiosas No Brasil

O Cristianismo não se constituiu em tôrno de um corpo de doutrinas, mas de fatos históricos; seu fundamento é a Fé, não a demonstração. O Credo Niceno não alinha teses filosóficas, mas juízos existenciais. S. Paulo tinha plena consciência disto, quando admoestava que “será vã a nossa Fé”, se os fatos não fossem historicamente verdadeiros.

Podemos, como tantos os fizeram, achar sublimes as lições do Sermão da Montanha, ou as doutrinas das Parábolas ou as palavras proferidas na Ceia: não seremos cristãos se não aceitarmos que este profeta Jesus, que viveu sob os primeiros imperadores romanos e foi morto sob Pôncio Pilatos, era o próprio Filho de Deus e ressuscitou dentre os mortos. É um ato de Fé; e toda a História afinal se funda em atos de Fé. Não podemos demonstrar que César existiu: acreditamos que sim, pois, testemunhos dignos de fé no-lo dizem. Tudo o mais com o cristianismo.
Sendo uma religião de salvação, visando liberar o homem das consequências do Pecado, principalmente da destruição pela morte — é essencial ao cristianismo a crença numa outra vida e numa ressurreição — não deixa de ser contudo, uma religião fortemente inserida na História. Os Evangelhos ou começam com genealogias ou referências ao dado histórico. E em toda a vida de Cristo, como toda a História da Igreja, temos presente a luta entre a religião e formas político-sociais. Do massacre dos Inocentes à mais recente perseguição religiosa, somente vemos conflitos, ou tentativas de acomodação. Ou discípulos que sonham com resultados temporais concretos do reinado do Messias; ou poderosos (reis, doutores da lei, escribas, sacerdotes, etc.) que se levantam assustados com mêdo desse reino. Será mesmo que o Reino não é deste mundo?
Confundi-lo com reinos humanos sempre foi uma tentação, que, na Idade Média conduziu a resultados belíssimos, com reis cristianíssimos, com S. Luís, com a liturgia das coroações, com várias páginas belas dos autores antigos. Mas, conduziu a mil opressões, injustiças e crimes. Negar qualquer ligação, foi outra tentação, sempre renovada em razão de perseguições.

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O Cristianismo não se constituiu em tôrno de um corpo de doutrinas, mas de fatos históricos; seu fundamento é a Fé, não a demonstração. O Credo Niceno não alinha teses filosóficas, mas juízos existenciais. S. Paulo tinha plena consciência disto, quando admoestava que “será vã a nossa Fé”, se os fatos não fossem historicamente verdadeiros. Podemos, como tantos os fizeram, achar sublimes as lições do Sermão da Montanha, ou as doutrinas das Parábolas ou as palavras proferidas na Ceia: não seremos cristãos se não aceitarmos que este profeta Jesus, que viveu sob os primeiros imperadores romanos e foi morto sob Pôncio Pilatos, era o próprio Filho de Deus e ressuscitou dentre os mortos. É um ato de Fé; e toda a História afinal se funda em atos de Fé. Não podemos demonstrar que César existiu: acreditamos que sim, pois, testemunhos dignos de fé no-lo dizem. Tudo o mais com o cristianismo.
Sendo uma religião de salvação, visando liberar o homem das consequências do Pecado, principalmente da destruição pela morte — é essencial ao cristianismo a crença numa outra vida e numa ressurreição — não deixa de ser contudo, uma religião fortemente inserida na História. Os Evangelhos ou começam com genealogias ou referências ao dado histórico. E em toda a vida de Cristo, como toda a História da Igreja, temos presente a luta entre a religião e formas político-sociais. Do massacre dos Inocentes à mais recente perseguição religiosa, somente vemos conflitos, ou tentativas de acomodação. Ou discípulos que sonham com resultados temporais concretos do reinado do Messias; ou poderosos (reis, doutores da lei, escribas, sacerdotes, etc.) que se levantam assustados com mêdo desse reino. Será mesmo que o Reino não é deste mundo?
Confundi-lo com reinos humanos sempre foi uma tentação, que, na Idade Média conduziu a resultados belíssimos, com reis cristianíssimos, com S. Luís, com a liturgia das coroações, com várias páginas belas dos autores antigos. Mas, conduziu a mil opressões, injustiças e crimes. Negar qualquer ligação, foi outra tentação, sempre renovada em razão de perseguições.

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