O Povo Do Abismo

O Povo Do Abismo - aqui Jack London mergulha no submundo social dos excluídos e dos miseráveis da Londres do começo do século XX.

O Povo Do Abismo pode ser chamado de reportagem social, pois aqui Jack London mergulha no submundo social dos excluídos e dos miseráveis da Londres do começo do século XX, centro do mais poderoso império da época, traçando um retrato de forte impacto ainda nos dias de hoje. Para isso, transforma-se ele próprio em um dos milhares de desabrigados e desempregados do East End londrino, vivendo na própria carne a dura vida dos excluídos.

Jack London (1876-1916), pseudônimo de John Griffith Chaney, aportou na Inglaterra em 1902 inicialmente para cobrir a Revolução dos bôeres. Com o compromisso cancelado, London fica três meses na zona mais pauperizada da capital do país, o East End, passando-se por um marinheiro desempregado, o que o permitiu realizar diversos registros fotográficos da situação da população explorada e compartilhar a vida com os “vagabundos”, inválidos e marginalizados no coração do capitalismo industrial. As memórias e registros do período se convertem em O Povo Do Abismo.

A situação da classe trabalhadora na Inglaterra, de Engels, saíra em 1845, em alemão, e obteve publicação em inglês apenas em 1885. Passados mais de 50 anos do mapeamento de Engels, London apenas pôde confirmar o abismo que segregava os trabalhadores londrinos de seus concidadãos empregadores: “A alta mortalidade entre as pessoas que vivem no gueto também tem um papel terrível.

Como aponta Maria Sílvia Betti, professora que assina a cuidadosa introdução a esta edição, “ao contrário do que ocorreu com tantos outros escritores, a opção de Jack London pelo socialismo não proveio dos contatos literários ou intelectuais, e sim de sua vivência da condição proletária, da fome e da falta de perspectivas de subsistência. Foi isto que lhe deu elementos para encontrar no socialismo um importante instrumento de análise e de crítica das condições vividas e documentadas em seus escritos”.

Com mais de um século de distância da primeira publicação, os registros e interpretações de O Povo Do Abismo infelizmente ainda nos soam familiares; sua leitura atual, no entanto, nos possibilita comprovar mais do que nunca o caráter decrépito, insustentável e desumano de um sistema que não se remenda, e apenas merece e precisa ruir.

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O Povo Do Abismo pode ser chamado de reportagem social, pois aqui Jack London mergulha no submundo social dos excluídos e dos miseráveis da Londres do começo do século XX, centro do mais poderoso império da época, traçando um retrato de forte impacto ainda nos dias de hoje. Para isso, transforma-se ele próprio em um dos milhares de desabrigados e desempregados do East End londrino, vivendo na própria carne a dura vida dos excluídos.

Jack London (1876-1916), pseudônimo de John Griffith Chaney, aportou na Inglaterra em 1902 inicialmente para cobrir a Revolução dos bôeres. Com o compromisso cancelado, London fica três meses na zona mais pauperizada da capital do país, o East End, passando-se por um marinheiro desempregado, o que o permitiu realizar diversos registros fotográficos da situação da população explorada e compartilhar a vida com os “vagabundos”, inválidos e marginalizados no coração do capitalismo industrial. As memórias e registros do período se convertem em O Povo Do Abismo.

A situação da classe trabalhadora na Inglaterra, de Engels, saíra em 1845, em alemão, e obteve publicação em inglês apenas em 1885. Passados mais de 50 anos do mapeamento de Engels, London apenas pôde confirmar o abismo que segregava os trabalhadores londrinos de seus concidadãos empregadores: “A alta mortalidade entre as pessoas que vivem no gueto também tem um papel terrível.

Como aponta Maria Sílvia Betti, professora que assina a cuidadosa introdução a esta edição, “ao contrário do que ocorreu com tantos outros escritores, a opção de Jack London pelo socialismo não proveio dos contatos literários ou intelectuais, e sim de sua vivência da condição proletária, da fome e da falta de perspectivas de subsistência. Foi isto que lhe deu elementos para encontrar no socialismo um importante instrumento de análise e de crítica das condições vividas e documentadas em seus escritos”.

Com mais de um século de distância da primeira publicação, os registros e interpretações de O Povo Do Abismo infelizmente ainda nos soam familiares; sua leitura atual, no entanto, nos possibilita comprovar mais do que nunca o caráter decrépito, insustentável e desumano de um sistema que não se remenda, e apenas merece e precisa ruir.

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