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O trabalho tem por objetivo analisar a venda das empresas de comunicação do Grupo RBS em Santa Catarina pela família Sirotsky, maior conglomerado de comunicação do Sul do Brasil e dono de marcas como a RBS TV, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul e no estado catarinense, proprietária de diversas emissoras de rádio, jornais e portais.
E a compra pelos bilionários da Forbes, respectivamente, o “rei dos genéricos” do Grupo NC, o paulista Carlos Eduardo Sanchez, dono da farmacêutica EMS, e o “rei do acrílico” e suplente de senador pelo MDB (AM), o gaúcho Lírio Albino Parisotto, dono da empresa Videolar e do ramo de petroquímica a partir da Innova, um dos controladores da Usiminas e também acionista das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc).
A questão principal da pesquisa é compreender o motivo que levou dois megaempresários e outsiders do setor da Comunicação na região Sul do país, a investir seu dinheiro e prestígio numa área em que jamais tiveram qualquer participação, isto é, os ramos da Indústria Cultural e da Informação. O negócio milionário da compra da RBS em SC, envolvendo uma cifra estimada entre R$ 700 milhões a R$ 1 bilhão, ocorre no momento em que o grupo gaúcho enfrenta uma grave crise empresarial, que ganhou novos contornos, principalmente depois da autuação na Operação Zelotes.
O livro está dividido em cinco capítulos, sendo que o primeiro, intitulado “Notas introdutórias sobre Grupos Econômicos”, bem como o segundo, “Definição dos Grupos Econômicos de Comunicação”, tratam da mesma temática que é a Teoria dos Grupos Econômicos, que embasam a nossa definição sobre os chamados “Grupos Econômicos de Comunicação”.
O terceiro, “Mãos de tesoura e a saúde financeira do Grupo RBS”, discute sobre a situação financeira da RBS e o seu projeto de reestruturação econômica. O quarto, “A Operação Zelotes”, discorre sobre a parte mais polêmica do trabalho e de grande repercussão social.
E o último capítulo debate sobre a “A venda da RBS em Santa Catarina” e os vínculos políticos dos novos donos da NSC-TV, investigando os interesses político-partidários por trás da compra, considerando tratar-se de dois outsiders da mídia e bilionários da Forbes, que compõem a nova elite regional na comunicação brasileira.
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