A China E Os Chins

A China E Os Chins revela uma nação e um povo respeitáveis, com quem se poderia aprender e estabelecer proveitosas parcerias comerciais e políticas.

Numa época em que mitos e superstições influenciavam a percepção do ocidente sobre o então chamado Extremo Oriente, o diplomata Henrique Carlos Ribeiro Lisboa, secretário da missão especial que o Império do Brasil enviou à China em 1880, fez um registro detalhado de suas impressões de viagem, que cobriram aspectos considerados por seu autor como curiosos, ou interessantes.

Por essa ótica, A China E Os Chins são revelados como uma nação e um povo respeitáveis, com quem se poderia aprender e estabelecer proveitosas parcerias comerciais e políticas.

No fim do século XIX, a China vivia um momento novo em sua história. Depois de se envolver em um conflito armado com a Grã-Bretanha – no qual foi derrotada – por ter decretado a proibição do comércio de ópio em seu território, o Império do Meio foi assediado por outras nações europeias, pelos Estados Unidos, pelo Japão e pela Rússia, que se lançaram aos seus domínios com o objetivo de estabelecer relações comerciais e diplomáticas.

As novas circunstâncias obrigaram os chineses a sair do seu tradicional isolamento, que alimentava a ideia de que naquele território não havia apenas uma “grande civilização”, mas era a própria civilização.

A primeira tentativa de impor o fim do isolamento ocorreu somente no final do século XVIII, quando lorde George Macartney foi enviado à China pelo governo britânico com o objetivo de estabelecer embaixadas recíprocas em Londres e Pequim e ampliar o acesso comercial inglês a mais portos ao longo da costa chinesa.

A importância da missão era tão grande que Henry Dundas, secretário do Home Office à época, sugeriu que Macartney consentisse “com todos os cerimoniais daquela Corte que não venham a comprometer a honra de seu Soberano ou atentar contra sua própria dignidade, de modo a não colocar em risco o sucesso de sua negociação”.

Nesse sentido, o emissário não deveria “permitir que nenhuma formalidade frívola se interpusesse no caminho dos importantes benefícios que podiam ser obtidos” pelo sucesso de sua missão. Macartney, no entanto, voltou à Grã-Bretanha sem conseguir alcançar nenhum dos objetivos pretendidos.

A China, portanto, permaneceu alheia aos efeitos da industrialização e tratou os ingleses como apenas mais uma tribo bárbara que buscava ampliar o seu comércio. Esta situação, porém, não se prolongaria por muito tempo.

Ao perceber que tanto seus vizinhos, Rússia e Japão, como os países ocidentais estavam dispostos a penetrar seu território, a China se viu obrigada a participar do concerto de nações e construir relações políticas e comerciais com os países que tentavam se aproveitar da frágil situação vivida pelo Estado chinês, com o fim de obter vantagens econômicas e territoriais.

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A China E Os Chins revela uma nação e um povo respeitáveis, com quem se poderia aprender e estabelecer proveitosas parcerias comerciais e políticas.

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Por essa ótica, A China E Os Chins são revelados como uma nação e um povo respeitáveis, com quem se poderia aprender e estabelecer proveitosas parcerias comerciais e políticas.

No fim do século XIX, a China vivia um momento novo em sua história. Depois de se envolver em um conflito armado com a Grã-Bretanha – no qual foi derrotada – por ter decretado a proibição do comércio de ópio em seu território, o Império do Meio foi assediado por outras nações europeias, pelos Estados Unidos, pelo Japão e pela Rússia, que se lançaram aos seus domínios com o objetivo de estabelecer relações comerciais e diplomáticas.

As novas circunstâncias obrigaram os chineses a sair do seu tradicional isolamento, que alimentava a ideia de que naquele território não havia apenas uma “grande civilização”, mas era a própria civilização.

A primeira tentativa de impor o fim do isolamento ocorreu somente no final do século XVIII, quando lorde George Macartney foi enviado à China pelo governo britânico com o objetivo de estabelecer embaixadas recíprocas em Londres e Pequim e ampliar o acesso comercial inglês a mais portos ao longo da costa chinesa.

A importância da missão era tão grande que Henry Dundas, secretário do Home Office à época, sugeriu que Macartney consentisse “com todos os cerimoniais daquela Corte que não venham a comprometer a honra de seu Soberano ou atentar contra sua própria dignidade, de modo a não colocar em risco o sucesso de sua negociação”.

Nesse sentido, o emissário não deveria “permitir que nenhuma formalidade frívola se interpusesse no caminho dos importantes benefícios que podiam ser obtidos” pelo sucesso de sua missão. Macartney, no entanto, voltou à Grã-Bretanha sem conseguir alcançar nenhum dos objetivos pretendidos.

A China, portanto, permaneceu alheia aos efeitos da industrialização e tratou os ingleses como apenas mais uma tribo bárbara que buscava ampliar o seu comércio. Esta situação, porém, não se prolongaria por muito tempo.

Ao perceber que tanto seus vizinhos, Rússia e Japão, como os países ocidentais estavam dispostos a penetrar seu território, a China se viu obrigada a participar do concerto de nações e construir relações políticas e comerciais com os países que tentavam se aproveitar da frágil situação vivida pelo Estado chinês, com o fim de obter vantagens econômicas e territoriais.

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