A Baronesa
– Hannah Rothschild levou vinte anos para descobrir quem sua tia-avó realmente foi e A Baronesa é um retrato fascinante — parte odisseia musical, parte história de amor — que apresenta uma mulher que ousou viver como bem entendeu.
Nica Rothschild nasceu no seio de uma família rica. Casou com um barão e era mãe de cinco filhos. Parecia destinada a uma vida fácil e convencional. Uma viagem a Nova Iorque mudou tudo.
Estava já a caminho do aeroporto quando ouviu uma música tocada por um pianista desconhecido, Thelonious Monk. Nica ouviu a gravação vinte vezes seguidas, perdeu o avião e nunca mais voltou para casa. Acabava de nascer a paixão abrasadora que viria a consumir o resto dos seus dias.
Como que enfeitiçada, abandonou o casamento, foi atrás de Monk em Nova York e passou a se dedicar a ele e a outros músicos, tornando-se a filantropa desconhecida da cena do jazz na cidade. E a cidade rendeu-se. O seu Bentley descapotável passou a ser presença familiar à porta dos clubes de jazz. A visão de Nica a fumar e a beber whisky de uma garrafinha disfarçada de Bíblia era uma constante. Foi deserdada mas a sua influência não conheceu limites.
Quem foi esta mulher, bela e de personalidade forte, que atravessava com o mesmo à-vontade imponentes mansões inglesas e campos de batalha em África, onde trabalhou como motorista e criptógrafa? Que viveu com o mesmo ardor os tempos negros do Holocausto e a fervilhante noite nova-iorquina? Cujo nome ficaria para sempre ligado à vida cultural do século XX?
A Baronesa – escrita pela sua sobrinha-neta – não é apenas a biografia de uma mulher muito à frente do seu tempo. É um sedutor e inédito vislumbre de um mundo interdito à maioria das pessoas. O retrato de uma era perdida para sempre.