Do início do século XX aos dias de hoje, muito se alterou no panorama epistemológico da Educação. Teóricos, metodologias e ferramentas foram apresentados para dinamizar um contexto efervescente que envolve atores sociais distintos e contextos variados.

A discussão epistemológica da Educação se firma, em parte, à luz comum a todas as ciências: um objeto definido, que se apresenta de acordo com os parâmetros do sujeito científico. Aqui esse(s) sujeito(s) fala(m) do seu lugar social, como assinala Certeau, portanto essa obra contém educadores falando de Educação.

Nesse sentido, o conhecimento em Educação é examinado nos moldes do processo que toda ciência efetivamente realiza: na definição de seu objeto. Que por sua vez, é definido pelo paradigma assumido pelo sujeito científico.

Assim, apresentamos Educação Patrimonial E Meio Ambiente, como um convite para o diálogo que vai contribuir, ainda que com uma tímida parcela, da dinâmica de contínua reconfiguração dos muitos caminhos da Educação no Brasil, que aqui apresentam dois desenhos intrínsecos, porém diferenciados: Educação Patrimonial e Educação Ambiental.

Em Educação Patrimonial E Meio Ambiente o leitor vai encontrar cinco capítulos. Frutos de pesquisas nas quais brotam a transdisciplinaridade e a transversalidade e, desse modo, procuramos fomentar aquilo que é o nosso entendimento de educação, que foge do engessamento e dos “enlatados”, que se estabelece como uma proposta pautada no compromisso com uma sociedade ética, justa e em favor da preservação do patrimônio e do ambiente.

Nesse viés, seguimos confirmando os esforços de outros professores e pesquisadores, além dos teóricos das mais diversas áreas, que acreditam em um modelo de educação que preserva, que protege e que acentua a importância do ambiente e do patrimônio, como uma premissa que junta o acadêmico e os saberes tradicionais, em uma proposta multidisciplinar.