Gerson Rodrigues De Albuquerque & Agenor Sarraf Pacheco (Orgs.) – Uwa’kürü: Dicionário Analítico Vol. III

Uwa’kürü: Dicionário Analítico abre espaços para ampliar seu acervo de verbetes com a colaboração de autores das Amazônias e de outros Brasis.

Desafiar-se a construir repertórios de termos, vocábulos, verbetes e conceitos oriundos de territórios geoculturais amazônicos e pan-amazônicos onde se forjam outras narratividades da vida sociopolítica brasileira que possibilitam modos singulares de comunicação entre o local e o global requer afundar-se em experiências de variados agentes históricos que produzem, convivem, lutam, resistem e constroem a existência material e simbólica em espaços da diferença a partir dos marcadores da língua.

Para isso, é preciso interrogar sobre quais “ruínas de memórias” gramaticais “a civilização ocidental e seus aliados internos” edificaram a construção de línguas hegemônicas, soterrando ou secundarizando nomeações outras, percepções ou sentidos outros dos modos de pensar/sonhar/falar de grupos humanos constituintes de suas margens e bordas, lugares de vida em sua essência.

Apreender a língua e o exercício da linguagem historicamente localizados como prática de um “pensamento de fronteira ou epistemologia de fronteira”, nos moldes do que foi proposto por Mignolo, ou um “pensamento arquipélago”, nos moldes do que foi proposto por Glissant, emerge como “uma saída para evitar tanto o fundamentalismo ocidental quanto o não-ocidental” e, ao mesmo tempo, ajuda a traçar processos comunicacionais que possam desvelar a dominação e ajudar a tecer caminhos para a autodeterminação de povos e culturas marginalizados pela arma da palavra dos donos do poder e da linguagem colonizatória.

Nessa direção, este terceiro volume de Uwa’kürü: Dicionário Analítico abre espaços para ampliar seu acervo de verbetes com a colaboração de autores das Amazônias e de outros Brasis.

Muitos dos verbetes fazem parte de domínios da língua portuguesa, mas seu conteúdo traduz esforços de pesquisadores e professores que compartilham saberes de diferentes grupos sociais, traduzidos em argumentações talhadas por cada colaborador para desenvolver a historicidade e os sentidos dos verbetes, centralizando uma gramática dos modos de viver, lutar, resistir, negociar, cooptar e seguir adiante dessas gentes que insistem em não sucumbir diante da razão cartesiana que os coisifica e desqualifica.

Assim, os verbetes aqui reunidos conformam um palimpsesto de textos e vozes capazes de rearticular outros saberes-fazeres, memórias e práticas culturais que, para utilizarmos as palavras de Boaventura Santos, foram tornadas “incomensuráveis e incompreensíveis por não obedecerem nem aos critérios científicos de verdade nem aos critérios dos conhecimentos reconhecidos como alternativos”.

Baixe o Vol. I aqui e o Vol. II aqui.

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Desafiar-se a construir repertórios de termos, vocábulos, verbetes e conceitos oriundos de territórios geoculturais amazônicos e pan-amazônicos onde se forjam outras narratividades da vida sociopolítica brasileira que possibilitam modos singulares de comunicação entre o local e o global requer afundar-se em experiências de variados agentes históricos que produzem, convivem, lutam, resistem e constroem a existência material e simbólica em espaços da diferença a partir dos marcadores da língua.

Para isso, é preciso interrogar sobre quais “ruínas de memórias” gramaticais “a civilização ocidental e seus aliados internos” edificaram a construção de línguas hegemônicas, soterrando ou secundarizando nomeações outras, percepções ou sentidos outros dos modos de pensar/sonhar/falar de grupos humanos constituintes de suas margens e bordas, lugares de vida em sua essência.

Apreender a língua e o exercício da linguagem historicamente localizados como prática de um “pensamento de fronteira ou epistemologia de fronteira”, nos moldes do que foi proposto por Mignolo, ou um “pensamento arquipélago”, nos moldes do que foi proposto por Glissant, emerge como “uma saída para evitar tanto o fundamentalismo ocidental quanto o não-ocidental” e, ao mesmo tempo, ajuda a traçar processos comunicacionais que possam desvelar a dominação e ajudar a tecer caminhos para a autodeterminação de povos e culturas marginalizados pela arma da palavra dos donos do poder e da linguagem colonizatória.

Nessa direção, este terceiro volume de Uwa’kürü: Dicionário Analítico abre espaços para ampliar seu acervo de verbetes com a colaboração de autores das Amazônias e de outros Brasis.

Muitos dos verbetes fazem parte de domínios da língua portuguesa, mas seu conteúdo traduz esforços de pesquisadores e professores que compartilham saberes de diferentes grupos sociais, traduzidos em argumentações talhadas por cada colaborador para desenvolver a historicidade e os sentidos dos verbetes, centralizando uma gramática dos modos de viver, lutar, resistir, negociar, cooptar e seguir adiante dessas gentes que insistem em não sucumbir diante da razão cartesiana que os coisifica e desqualifica.

Assim, os verbetes aqui reunidos conformam um palimpsesto de textos e vozes capazes de rearticular outros saberes-fazeres, memórias e práticas culturais que, para utilizarmos as palavras de Boaventura Santos, foram tornadas “incomensuráveis e incompreensíveis por não obedecerem nem aos critérios científicos de verdade nem aos critérios dos conhecimentos reconhecidos como alternativos”.

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