Em Homens Do Amanhã, Gerard Jones procura provar que, em se tratando de super-heróis, tudo é possível. O autor narra o surgimento de uma indústria considerada poderosa a partir do submundo.
Negócios fechados em mesas de jogo, trapaças, negociatas e também todos os sucessos de toda uma geração de desajustados – de mafiosos e malandros de rua a geeks solitários.
Entre jovens artistas explorados – muitos deles membros da primeira comunidade organizada de fãs de pulps e ficção científica -, vão sendo criadas figuras como Batman, Lanterna Verde, Capitão Marvel e Mulher-Maravilha.
A partir de editoras de revistas pornográficas e ficção barata, vão aparecendo marcas poderosas, como Marvel e DC Comics. O surgimento dos super-heróis, a chamada Era de Ouro, as inúmeras crises do gênero, os problemas com a censura, as revoluções nos quadrinhos. De Will Eisner a Robert Crumb, de Bob Kane a Frank Miller, passando por Harvey Kurtzman, Stan Lee e Jack Kirby.
Um panorama completo de como visionários de todos os tipos, a partir de um presente de miséria, vislumbraram um futuro glorioso.
Um dos desafios de Homens Do Amanhã foi procurar que fundo de verdade havia nas lendas, mal-entendidos etílicos e desculpas mentirosas que moldaram a história até hoje corrente da mais curiosa forma de arte produzida na América.
As entrevistas e conversas que tive com muitos dos que sobreviveram aos primórdios dessa indústria, e com suas famílias, mostraram-se a fonte mais importante nesta pesquisa. Foi em Westport Marina, durante uma conversa com Irwin Donenfeld acompanhada de peixe frito e cerveja, que compreendi as histórias de Harry Donenfeld e Jack Liebowitz.
Nos escritórios do Departamento de Desenvolvimento Urbano em Beachwood, comendo roscas doces e tomando café com Irv e Jerry Fine, delineei os contornos da história de Jerry Siegel da maneira como a conto aqui.
Muitos outros membros dos clãs Donenfeld, Siegel e Liebowitz me ajudaram, assim como amigos e parceiros de negócios dos homens a que este livro é dedicado. Alguns pediram para permanecer no anonimato, apenas por modéstia ou por causa do litígio que atualmente envolve os direitos sobre o Super-Homem, mas há um a quem eu posso e devo agradecer: o amigo leal de Harris, Jack Adams.