Tempos De Transição

Os textos reunidos nessa coletânea giram em torno da ideia de “transição”, em função do debate acerca da produção de conhecimento histórico.

Marcel Proust, ao evocar a presença de nossa própria experiência - termo que será tão caro a Walter Benjamin e Edward Thompson -, pretende nos fornecer uma forma de "lermos a nós mesmos" e ao nosso tempo.

Tempos De Transição, título do presente livro e do XVI Encontro Regional de História da Anpuh-PR, traz consigo o carácter da História sob o signo do movimento, do deslocar-se, da ruptura e da descontinuidade tão presentes nas concepções de História em que o papel ativo do historiador na sociedade, reconhecendo a sua função social, o faz não só apreender e compreender a experiência vivenciada, mas também participar da construção dos meios e caminhos das experiências futuras ou desconhecidas que se encontram no porvir.

Desde que Marc Bloch afirmou que "a história é a ciência dos homens no tempo", os historiadores anseiam por produzir um "conhecimento da mudança", como nos aponta José Carlos Reis. Ou seja, diferenciar durações para fixar as alteridades humanas. Este tempo do historiador é que articula dialeticamente a diferença.

A temporalidade é um problema central para a teoria da história, principalmente se entendemos que a "mudança" é devir - movimento que altera o ser que se move.

Logo, a problemática do tempo histórico pode ser descrita como "o acompanhamento dos homens em suas mudanças, e sua descrição e análise."

O passado torna-se uma existência conhecível, uma duração realizada. Pode-se dizer que o passado "não é o que é mais, mas o que foi e ainda é. Ele penetra em nossa atividade presente e determina o futuro."

O passado se apresenta no presente como ruínas, fragmentos, como restos de um mundo humano. Para Reinhart Koselleck, a interpretação das relações entre os processos sociais necessariamente supera a referência às medidas e unidades temporais do calendário.

Para conhecer o mundo histórico, Koselleck nos propõe a questão de como, em cada presente, as dimensões temporais do passado e futuro se relacionam.

Assim, determinando a diferença entre passado e futuro, entre campo da experiência e horizonte de expectativas, passado e futuro articulam-se dialeticamente e desta relação surge o sentido da temporalização operacionalizada pelo historiador.

https://iieb.org.br/wp-content/uploads/2019/02/Livro_SFX_WEB_reduzido.pdf

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Marcel Proust, ao evocar a presença de nossa própria experiência – termo que será tão caro a Walter Benjamin e Edward Thompson -, pretende nos fornecer uma forma de “lermos a nós mesmos” e ao nosso tempo.

Tempos De Transição, título do presente livro e do XVI Encontro Regional de História da Anpuh-PR, traz consigo o carácter da História sob o signo do movimento, do deslocar-se, da ruptura e da descontinuidade tão presentes nas concepções de História em que o papel ativo do historiador na sociedade, reconhecendo a sua função social, o faz não só apreender e compreender a experiência vivenciada, mas também participar da construção dos meios e caminhos das experiências futuras ou desconhecidas que se encontram no porvir.

Desde que Marc Bloch afirmou que “a história é a ciência dos homens no tempo”, os historiadores anseiam por produzir um “conhecimento da mudança”, como nos aponta José Carlos Reis. Ou seja, diferenciar durações para fixar as alteridades humanas. Este tempo do historiador é que articula dialeticamente a diferença.

A temporalidade é um problema central para a teoria da história, principalmente se entendemos que a “mudança” é devir – movimento que altera o ser que se move.

Logo, a problemática do tempo histórico pode ser descrita como “o acompanhamento dos homens em suas mudanças, e sua descrição e análise.”

O passado torna-se uma existência conhecível, uma duração realizada. Pode-se dizer que o passado “não é o que é mais, mas o que foi e ainda é. Ele penetra em nossa atividade presente e determina o futuro.”

O passado se apresenta no presente como ruínas, fragmentos, como restos de um mundo humano. Para Reinhart Koselleck, a interpretação das relações entre os processos sociais necessariamente supera a referência às medidas e unidades temporais do calendário.

Para conhecer o mundo histórico, Koselleck nos propõe a questão de como, em cada presente, as dimensões temporais do passado e futuro se relacionam.

Assim, determinando a diferença entre passado e futuro, entre campo da experiência e horizonte de expectativas, passado e futuro articulam-se dialeticamente e desta relação surge o sentido da temporalização operacionalizada pelo historiador.

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