Os Congos De Milagres

A obra tem o objetivo de explorar a formação das paisagens sonoras no contexto da dança dos Congos durante os festejos de Nossa Senhora dos Milagres.

A presente obra tem o objetivo de explorar a formação das paisagens sonoras no contexto da dança dos Congos durante os festejos de Nossa Senhora dos Milagres, padroeira da cidade de Milagres, no Ceará, que ocorreu no mês de agosto de 2007.

O livro é derivado da monografia de graduação apresentada em dezembro de 2007, no curso de Ciências Sociais, da Universidade Estadual do Ceará (UECE). A produção sonora é vista aqui indissociável ao seu contexto cultural, as pessoas que a produzem, como elas produzem esses sons e os seus significados marcados pela ação de múltiplos agentes.

Para tal diálogo foi imprescindível o estudo da Antropologia do Som e o conceito de paisagem sonora desenvolvido por Murray Schafer, musicólogo canadense. As paisagens sonoras são compostas por objetos sonoros. Cada som produzido é um objeto sonoro, o conjunto desses objetos sonoros formam uma paisagem sonora.

Então, uma pisada, o bater de espadas, os fogos de artifícios chamados de “flechas” pelos Congos, são elementos que fazem parte dessa paisagem e têm sempre uma função. Nos Congos nada é em vão, música não é tocada por ser tocada, existe um significado por trás de cada som que é produzido, e esse é um dos aspectos que foram percebidos no trabalho de campo, de acordo com as narrativas dos brincadores.

O estudo compreende dois capítulos. O primeiro capítulo reúne um conjunto de estudos históricos com o intuito de situar o leitor no contexto dos Congos, oferecendo pistas sobre a possível origem dos Congos no Brasil, desde a África, sua relação com o cristianismo, coroações, percorrendo o âmbito das irmandades, culminando em sua chegada ao Ceará, citando alguns instrumentos de produção sonora e a “gênese” dos Congos de Milagres, através das narrativas dos brincadores.

No segundo capítulo se encontra a descrição etnográfica da festa de Nossa Senhora dos Milagres, diálogo com o conceito de paisagem sonora, suas funções e significados para os brincadores. Compõe esse capítulo, a etnografia dos sons, minha chegada a Milagres na casa de Mestre Doca, nossas primeiras conversas, a percepção dos primeiros sons que foram escutados na vaquejada que estava acontecendo na cidade, as alvoradas, a anunciação do Cabaçal, o cortejo dos Congos, dança do Espantão e o desfecho da “Caminhada da Bandeira”, com a devoção dos Congos que aconteceu dentro da igreja de Nossa Senhora dos Milagres.

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O livro é derivado da monografia de graduação apresentada em dezembro de 2007, no curso de Ciências Sociais, da Universidade Estadual do Ceará (UECE). A produção sonora é vista aqui indissociável ao seu contexto cultural, as pessoas que a produzem, como elas produzem esses sons e os seus significados marcados pela ação de múltiplos agentes.

Para tal diálogo foi imprescindível o estudo da Antropologia do Som e o conceito de paisagem sonora desenvolvido por Murray Schafer, musicólogo canadense. As paisagens sonoras são compostas por objetos sonoros. Cada som produzido é um objeto sonoro, o conjunto desses objetos sonoros formam uma paisagem sonora.

Então, uma pisada, o bater de espadas, os fogos de artifícios chamados de “flechas” pelos Congos, são elementos que fazem parte dessa paisagem e têm sempre uma função. Nos Congos nada é em vão, música não é tocada por ser tocada, existe um significado por trás de cada som que é produzido, e esse é um dos aspectos que foram percebidos no trabalho de campo, de acordo com as narrativas dos brincadores.

O estudo compreende dois capítulos. O primeiro capítulo reúne um conjunto de estudos históricos com o intuito de situar o leitor no contexto dos Congos, oferecendo pistas sobre a possível origem dos Congos no Brasil, desde a África, sua relação com o cristianismo, coroações, percorrendo o âmbito das irmandades, culminando em sua chegada ao Ceará, citando alguns instrumentos de produção sonora e a “gênese” dos Congos de Milagres, através das narrativas dos brincadores.

No segundo capítulo se encontra a descrição etnográfica da festa de Nossa Senhora dos Milagres, diálogo com o conceito de paisagem sonora, suas funções e significados para os brincadores. Compõe esse capítulo, a etnografia dos sons, minha chegada a Milagres na casa de Mestre Doca, nossas primeiras conversas, a percepção dos primeiros sons que foram escutados na vaquejada que estava acontecendo na cidade, as alvoradas, a anunciação do Cabaçal, o cortejo dos Congos, dança do Espantão e o desfecho da “Caminhada da Bandeira”, com a devoção dos Congos que aconteceu dentro da igreja de Nossa Senhora dos Milagres.

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