Juventudes E Desigualdades Sociais Em Tempos De crise E Radicalização Política reúne uma série de textos escritos sobre juventudes apresentada no âmbito das atividades promovidas pelo Grupo de Estudos Culturais, Identidades e Relações Interétnicas (GERTs), da Universidade Federal de Sergipe, no III Seminário Nacional de Sociologia da UFS, cujo tema “Distopias dos Extremos, Sociologias Necessárias” nos mobilizou em torno de duas atividades e duas questões centrais: a primeira relacionada ao tema das juventudes, a partir do qual propusemos uma Mesa Redonda, cujo título é o mesmo deste livro “Juventudes e desigualdades sociais em tempos de crise e de radicalização política”; e a segunda relacionada ao tema dos processos de identificação e desigualdades contemporâneos, a partir das relações étnico-raciais, intergeracionais e de gênero, para o qual propusemos um Grupo de Trabalho.
As falas das convidadas e convidado da mesa redonda provocaram o aprofundamento de nossas análises a partir de algumas de suas reflexões sobre juventudes e o momento de crise social e sanitária pelo qual estamos passando. Alcinda Howana, Mariana Chaves e Carles Feixa falam a partir de lugares e sociedades bastante distintos, mais especificamente a partir de olhares sobre África, América Latina e Europa, respectivamente, embora a partir de amplo trabalho de pesquisas sobre as juventudes que atravessa continentes e os conecta em torno de questões como: culturas juvenis, desigualdades e vulnerabilidades sociais, violências, moratória social, agências políticas e relações intergeracionais, perpassando direta ou indiretamente pelos efeitos provocados pela pandemia.
Esperamos que este livro possa colaborar para que entendamos algumas dinâmicas impostas às diferentes juventudes do presente e postas por elas, com o objetivo de que seja possível refletirmos sobre os dilemas atuais e outros porvires, tanto a partir dos contextos empíricos apresentados quanto a partir das reflexões conceituais, metodológicas e políticas que fazem parte, por um lado, do registro do que temos feito e vivido, e, por outro, das possibilidades de prepararmos o caminho, construindo novos horizontes menos desiguais, menos caóticos e potencialmente transformadores.
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