Ciberpolítica

Ciberpolítica - O objetivo do livro é apresentar, de forma introdutória, alguns dos conceitos e casos mais relevantes de uso político da comunicação digital

Ciberpolítica é o tema deste e-book, produzido sob supervisão da Editora da Universidade Federal da Bahia (Edufba) para a “Coleção Cibercultura/ Lab404”.

O objetivo do livro é apresentar, de forma introdutória, alguns dos conceitos e casos mais relevantes de uso político da comunicação digital. De início, mostra-se necessária uma breve digressão, elaborada para situar o leitor no campo de estudos aqui privilegiado.

Sabe-se que, a partir da segunda metade do século XX, pesquisadores da Comunicação passaram a reivindicar maior autonomia de tal área no âmbito das Ciências Humanas, por considerarem a emergência, já àquela época, de um corpo consistente de objetos, teorias e estratégias metodológicas aptas a permitirem uma melhor compreensão das transformações relacionadas à produção e ao consumo de informações.

É assim que foram se desenvolvendo especialidades diversas nos estudos comunicacionais, que acabaram refletindo uma variedade de fenômenos e de experiências midiáticas ligadas a profissões (competências e deontologias distintas marcam, por exemplo, o trabalho de jornalistas e de publicitários), a suportes tecnológicos (para alcançar a audiência de forma eficaz, técnicas e linguagens precisam ser adaptadas de acordo com o meio que veicula a mensagem) ou às interfaces que os media estabelecem com outros campos sociais (vejamos a Economia, as Artes ou os Esportes).

Nesse cenário, mostra-se consolidada, no Brasil, a vertente de estudos dedicada a compreender a relação mantida entre o campo da Comunicação e o campo da Política. Não é novidade dizer que o ânimo para atualizar a agenda de investigações nessa área específica é retomado a cada vez que uma nova ferramenta midiática se mostra disponível.

Desde a influência dos materiais impressos sobre a formação das esferas públicas modernas – o que possibilitou a difusão de argumentos de interesse da emergente classe burguesa, então detentora de poder econômico, mas desprovida de capital político – até as demandas recentes por maior participação e transparência em sites governamentais, é notável o modo como cada suporte acaba por gerar um conjunto de efeitos sobre fenômenos, linguagens e comportamentos que caracterizam a comunicação política.

Há algo, porém, que chama a atenção quando os estudos de tal interface começam a se dedicar, especificamente, ao exame das características das mídias digitais: a multimidialidade faz com que passemos a acompanhar as oportunidades abertas para a comunicação política não somente através de cada dispositivo (computadores, tablets, smartphones etc.), mas também, por meio de diferentes “ambientes”, a exemplo de websites, blogs, redes sociais e aplicativos para aparelhos móveis.

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O objetivo do livro é apresentar, de forma introdutória, alguns dos conceitos e casos mais relevantes de uso político da comunicação digital. De início, mostra-se necessária uma breve digressão, elaborada para situar o leitor no campo de estudos aqui privilegiado.

Sabe-se que, a partir da segunda metade do século XX, pesquisadores da Comunicação passaram a reivindicar maior autonomia de tal área no âmbito das Ciências Humanas, por considerarem a emergência, já àquela época, de um corpo consistente de objetos, teorias e estratégias metodológicas aptas a permitirem uma melhor compreensão das transformações relacionadas à produção e ao consumo de informações.

É assim que foram se desenvolvendo especialidades diversas nos estudos comunicacionais, que acabaram refletindo uma variedade de fenômenos e de experiências midiáticas ligadas a profissões (competências e deontologias distintas marcam, por exemplo, o trabalho de jornalistas e de publicitários), a suportes tecnológicos (para alcançar a audiência de forma eficaz, técnicas e linguagens precisam ser adaptadas de acordo com o meio que veicula a mensagem) ou às interfaces que os media estabelecem com outros campos sociais (vejamos a Economia, as Artes ou os Esportes).

Nesse cenário, mostra-se consolidada, no Brasil, a vertente de estudos dedicada a compreender a relação mantida entre o campo da Comunicação e o campo da Política. Não é novidade dizer que o ânimo para atualizar a agenda de investigações nessa área específica é retomado a cada vez que uma nova ferramenta midiática se mostra disponível.

Desde a influência dos materiais impressos sobre a formação das esferas públicas modernas – o que possibilitou a difusão de argumentos de interesse da emergente classe burguesa, então detentora de poder econômico, mas desprovida de capital político – até as demandas recentes por maior participação e transparência em sites governamentais, é notável o modo como cada suporte acaba por gerar um conjunto de efeitos sobre fenômenos, linguagens e comportamentos que caracterizam a comunicação política.

Há algo, porém, que chama a atenção quando os estudos de tal interface começam a se dedicar, especificamente, ao exame das características das mídias digitais: a multimidialidade faz com que passemos a acompanhar as oportunidades abertas para a comunicação política não somente através de cada dispositivo (computadores, tablets, smartphones etc.), mas também, por meio de diferentes “ambientes”, a exemplo de websites, blogs, redes sociais e aplicativos para aparelhos móveis.

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