Práticas Em Psicologia Escolar Vol. II

Práticas Em Psicologia Escolar apresenta novas possibilidades e novos desafios para a psicologia escolar ao colocar temas de educação.

O presente livro apresenta novas possibilidades e novos desafios para a psicologia escolar ao colocar temas de educação relacionados aos Institutos Federais, do ensino técnico e do ensino superior.

Pois como é sabido, a Psicologia Escolar surgiu com a aplicação de testes de inteligência e a classificação de crianças quanto à capacitação de aprender e progredir pelas séries escolares.

Ao longo da história podemos perceber uma estreita ligação da psicologia com as mudanças sociais e suas demandas. No entanto, só a partir dos anos 80 com um movimento crítico da psicologia escolar é que começamos a ver uma mudança do olhar da prática psicológica para compreender as reais condições do sistema de educação do Brasil.

O ideário de modernização que tomou conta do país, bem como o fortalecimento do pensamento liberal, preparando o solo para o início da industrialização, no final da primeira metade do século passado, buscou na educação respostas para a preparação de um indivíduo que estivesse adaptado a essas novas exigências da sociedade.

As reformas de educação que ocorrem ao longo desse período reforçam o papel da Psicologia centrado no indivíduo e em seus processos de aprendizagem, visando-se apenas facilitar a tarefa pedagógica e o desenvolvimento das suas potencialidades.

O recurso à Psicologia, devido aos seus conhecimentos sobre a criança, seria um dos principais domínios científicos para racionalizar e levar a cabo essa tarefa pedagógica. Entretanto, ao colocar o foco no aluno, preconizava o individualismo, negligenciando o caráter social da educação.

Dessa forma, apesar das transformações sucessivas no que concerne ao campo da psicologia escolar e educacional, em especial na ampliação e consolidação de diferentes formulações teóricas sobre os mais diversos temas dentro da área, há uma manutenção da lógica individualizante, patologizante e normalizadora, a qual se encontra presente desde o início da ciência psicológica brasileira.

Tem-se, pois, uma psicologia com foco no indivíduo, marcada pela terminologia de psicologia do escolar, reduzindo o campo de compreensão apenas ao indivíduo estudante.

Portanto, ainda se faz necessária a crítica à naturalização dos fenômenos psicológicos, a partir de teorias reducionistas de cunho biologizantes ou psicologizantes, que pautam práticas classificatórias e de ajustamento.

Entre essas práticas, a aplicação indiscriminada de testes psicológicos e a elaboração de laudos que ignoram aspectos sociais da produção da queixa escolar, individualizando o fracasso e culpabilizando os indivíduos pobres e suas famílias.

Baixe o Vol. I aqui.

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Pois como é sabido, a Psicologia Escolar surgiu com a aplicação de testes de inteligência e a classificação de crianças quanto à capacitação de aprender e progredir pelas séries escolares.

Ao longo da história podemos perceber uma estreita ligação da psicologia com as mudanças sociais e suas demandas. No entanto, só a partir dos anos 80 com um movimento crítico da psicologia escolar é que começamos a ver uma mudança do olhar da prática psicológica para compreender as reais condições do sistema de educação do Brasil.

O ideário de modernização que tomou conta do país, bem como o fortalecimento do pensamento liberal, preparando o solo para o início da industrialização, no final da primeira metade do século passado, buscou na educação respostas para a preparação de um indivíduo que estivesse adaptado a essas novas exigências da sociedade.

As reformas de educação que ocorrem ao longo desse período reforçam o papel da Psicologia centrado no indivíduo e em seus processos de aprendizagem, visando-se apenas facilitar a tarefa pedagógica e o desenvolvimento das suas potencialidades.

O recurso à Psicologia, devido aos seus conhecimentos sobre a criança, seria um dos principais domínios científicos para racionalizar e levar a cabo essa tarefa pedagógica. Entretanto, ao colocar o foco no aluno, preconizava o individualismo, negligenciando o caráter social da educação.

Dessa forma, apesar das transformações sucessivas no que concerne ao campo da psicologia escolar e educacional, em especial na ampliação e consolidação de diferentes formulações teóricas sobre os mais diversos temas dentro da área, há uma manutenção da lógica individualizante, patologizante e normalizadora, a qual se encontra presente desde o início da ciência psicológica brasileira.

Tem-se, pois, uma psicologia com foco no indivíduo, marcada pela terminologia de psicologia do escolar, reduzindo o campo de compreensão apenas ao indivíduo estudante.

Portanto, ainda se faz necessária a crítica à naturalização dos fenômenos psicológicos, a partir de teorias reducionistas de cunho biologizantes ou psicologizantes, que pautam práticas classificatórias e de ajustamento.

Entre essas práticas, a aplicação indiscriminada de testes psicológicos e a elaboração de laudos que ignoram aspectos sociais da produção da queixa escolar, individualizando o fracasso e culpabilizando os indivíduos pobres e suas famílias.

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