Elena Percivaldi – A Vida Secreta Da Idade Média: Fatos E Curiosidades Do Milênio Mais Obscuro Da História
Poucos períodos da história foram tão vitimados por lugares-comuns quanto a Idade Média. Para referir-se a ela há expressões de todo tipo: Idade das Trevas, séculos negros, milênio da superstição e do obscurantismo, e assim por diante.
Mas foi realmente assim ou se trata de um colossal preconceito?
Tudo começou entre o final dos anos 300 e o início dos anos 400 com o Humanismo, uma nova corrente filosófica e literária que, como a própria palavra diz, pretendeu pela primeira vez, após a Idade Clássica, colocar o ser humano novamente no centro do cosmos restituindo-lhe a dignidade que parecia ter perdido.
Obviamente, foram parar no banco dos réus os séculos de predomínio do catolicismo que tinha teorizado uma sociedade fechada, rígida, dividida em três “classes” (os famosos oratores, bellatores, laboratores) e formada dentro de um sistema filosófico e religioso em que tudo, mesmo o incomensurável, era definido e explicável recorrendo sempre à supremacia da fé sobre as dúvidas da razão.
A Vida Secreta Da Idade Média pretende, por um momento, deixar em segundo plano os grandes feitos militares e os desencontros epocais entre império e papado, as guerras e os grandes movimentos populares, os nomes e as datas que fizeram a história e que se encontram nos manuais clássicos tradicionais.
Fiel a uma linha mais “divulgativa”, esta obra tem a ambição de “trazer” os homens e as mulheres da Idade Média para o alcance de todos nós, cidadãos do século XXI, apresentando aspectos menos conhecidos, mas, certamente, mais interessantes de sua vida.
O que comiam? Como se vestiam? Como se divertiam? Em que acreditavam? Como faziam amor? Que relação tinham com a morte? Quais os seus temores e os seus terrores, para além do fatídico e desgastado conceito de mileranismo? É mesmo verdade que sua religiosidade era onipresente e carola, e recobria praticamente todos os instantes da vida diária?
A Vida Secreta Da Idade Média propõe mostrar que os nossos antepassados, mesmo tão distantes no tempo, não eram, no fim das contas, tão diferentes de nós.
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