(Des)Envolvimento Insustentável Na Amazônia Ocidental

(Des)Envolvimento Insustentável Na Amazônia Ocidental é produto de uma reflexão acadêmica rigorosa acerca da realidade acreana.

(Des)Envolvimento Insustentável Na Amazônia Ocidental é produto de uma reflexão acadêmica rigorosa acerca da realidade acreana. É um exemplo de combinação virtuosa do desejo de contribuir para a compreensão e transformação de um status quo por meio do pensamento crítico.

A argumentação do autor estrutura-se a partir de questões a serem abordadas com o recurso da teoria e emerge da análise dos processos sociais e econômicos que o pesquisador se propôs a fazer. Elder optou por dois atores sociais, que funcionaram como “âncoras” na elaboração de seu estudo sobre a sociedade civil face às permanências e rupturas no desenrolar da modernização no Acre, tais como: o Incra e o movimento sindical dos trabalhadores rurais.

Em se tratando da região amazônica, sobressaem os dilemas e conflitos que se definem no entorno da ideia de um desenvolvimento sustentável, tendo, nesse caso, a posse e o uso da terra como principal fator determinante.

A hipótese central que orientou a pesquisa foi a seguinte: o projeto de “modernização” centrado na grande propriedade fundiária e na pecuária extensiva de corte, tal como previsto inicialmente para a região, foi bloqueado politicamente pela luta de resistência liderada pelo MSTR.

Economicamente, concorreram, dentre outros fatores, aqueles de ordem macroeconômica (estagnação acentuada a partir dos anos 80) e os resultantes de modificações em algumas políticas públicas, como o fim dos incentivos fiscais e as alterações no financiamento agrícola (como a redução progressiva dos subsídios) praticadas no âmbito do governo federal.

Na tentativa de conduzir as mediações dos conflitos sociais no campo, o MSTR, na esfera da sociedade civil, e o INCRA, no âmbito da sociedade política, acabaram ocupando um lugar extremamente destacado no sentido de reorientar as ações do Estado no que diz respeito às políticas de desenvolvimento regional. Esse cenário não estava previsto a priori no script da “modernização” no Acre.

A reflexão teórica que orienta a análise desse processo está referenciada no conceito de “Estado ampliado” formulado por Gramsci. Como sabemos, as reflexões desse autor sobre a relação Estado/sociedade que se tornaram referência no debate contemporâneo foram elaboradas durante o período em que ele permaneceu na prisão. Dos seus manuscritos conhecidos posteriormente como “Cadernos do Cárcere” (escritos no intervalo de 1929-35) têm sido extraídas interpretações diversas sobre o significado das formulações que ele elaborou.

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A argumentação do autor estrutura-se a partir de questões a serem abordadas com o recurso da teoria e emerge da análise dos processos sociais e econômicos que o pesquisador se propôs a fazer. Elder optou por dois atores sociais, que funcionaram como “âncoras” na elaboração de seu estudo sobre a sociedade civil face às permanências e rupturas no desenrolar da modernização no Acre, tais como: o Incra e o movimento sindical dos trabalhadores rurais.

Em se tratando da região amazônica, sobressaem os dilemas e conflitos que se definem no entorno da ideia de um desenvolvimento sustentável, tendo, nesse caso, a posse e o uso da terra como principal fator determinante.

A hipótese central que orientou a pesquisa foi a seguinte: o projeto de “modernização” centrado na grande propriedade fundiária e na pecuária extensiva de corte, tal como previsto inicialmente para a região, foi bloqueado politicamente pela luta de resistência liderada pelo MSTR.

Economicamente, concorreram, dentre outros fatores, aqueles de ordem macroeconômica (estagnação acentuada a partir dos anos 80) e os resultantes de modificações em algumas políticas públicas, como o fim dos incentivos fiscais e as alterações no financiamento agrícola (como a redução progressiva dos subsídios) praticadas no âmbito do governo federal.

Na tentativa de conduzir as mediações dos conflitos sociais no campo, o MSTR, na esfera da sociedade civil, e o INCRA, no âmbito da sociedade política, acabaram ocupando um lugar extremamente destacado no sentido de reorientar as ações do Estado no que diz respeito às políticas de desenvolvimento regional. Esse cenário não estava previsto a priori no script da “modernização” no Acre.

A reflexão teórica que orienta a análise desse processo está referenciada no conceito de “Estado ampliado” formulado por Gramsci. Como sabemos, as reflexões desse autor sobre a relação Estado/sociedade que se tornaram referência no debate contemporâneo foram elaboradas durante o período em que ele permaneceu na prisão. Dos seus manuscritos conhecidos posteriormente como “Cadernos do Cárcere” (escritos no intervalo de 1929-35) têm sido extraídas interpretações diversas sobre o significado das formulações que ele elaborou.

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