Usos Do Território E Rede Urbana Potiguar

O objetivo geral deste livro é compreender a rede urbana do Rio Grande do Norte no período histórico atual.

As redes urbanas no período técnico-científico-informacional são estruturadas pela coexistência das hierarquias clássicas com outros padrões hierárquicos, evidenciando uma multiplicidade de interações territoriais. Os lugares têm uma nova dinâmica, em função das atividades que abrigam e, consequentemente, dos nós formados e suas conexões, de modo que alguns centros urbanos podem não ser de um nível hierárquico alto, contudo ser uma referência de centralidade para algum tipo de uso.

Garcia e Nogueira reforçam essa compreensão quando esclarecem que as cidades estão simultaneamente participando de, pelo menos, duas redes urbanas, uma vez que “tem uma posição hierárquica na rede de localidades centrais e uma outra posição, que pode variar de acordo com a sua especialização funcional”.

Pelo fato de que cada lugar pode participar de mais de uma rede, e de que muitas dessas redes não têm nós em todas as escalas, ocorrem articulações que se realizam diretamente entre os lugares que efetivamente participam do circuito de produção, circulação e consumo (de bens e serviços).

Nesse sentido, as hierarquias tradicionais que marcaram os estudos sobre rede urbana durante décadas estão se somando a diferentes tipos de interações territoriais. Para Dias, “a imagem piramidal e hierárquica tradicionalmente associada ao território, na qual os efeitos de proximidade têm supremacia sobre os efeitos de interdependência a longa distância, é cada vez menos verdadeira”.

Considerando o que nos diz Santos, que “a rede urbana é um conjunto de aglomerações produzindo bens e serviços junto com uma rede de infra-estrutura de suporte e com os fluxos que, através desses instrumentos de intercâmbio, circulam entre as aglomerações”, a dinâmica da rede urbana estadual vem sendo marcada por uma superposição de redes, o que, rompendo com uma hierarquia urbana rígida, vem revelando a existência de um processo de reestruturação da rede urbana estadual.

Embasado na obra do geógrafo Milton Santos, o estudo discorre sobre uma superposição de redes, a qual se manifesta, por exemplo, a partir da difusão dos sistemas de telecomunicações e transportes, dos serviços de educação, justiça, bancários e postais e pela difusão das redes comerciais, além de etapas de circuitos produtivos que ocorrem no estado.

Tendo como objetivo compreender como esse processo de superposição e de reestruturação das redes ocorre no estado a partir do avanço do meio técnico-científico-informacional, o trabalho evidencia a existência de diversas lógicas espaciais de rede urbana coabitando no território potiguar, de modo a gerar uma nova estrutura de rede que rompe com os padrões clássicos de uma hierarquia urbana rígida.

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Garcia e Nogueira reforçam essa compreensão quando esclarecem que as cidades estão simultaneamente participando de, pelo menos, duas redes urbanas, uma vez que “tem uma posição hierárquica na rede de localidades centrais e uma outra posição, que pode variar de acordo com a sua especialização funcional”.

Pelo fato de que cada lugar pode participar de mais de uma rede, e de que muitas dessas redes não têm nós em todas as escalas, ocorrem articulações que se realizam diretamente entre os lugares que efetivamente participam do circuito de produção, circulação e consumo (de bens e serviços).

Nesse sentido, as hierarquias tradicionais que marcaram os estudos sobre rede urbana durante décadas estão se somando a diferentes tipos de interações territoriais. Para Dias, “a imagem piramidal e hierárquica tradicionalmente associada ao território, na qual os efeitos de proximidade têm supremacia sobre os efeitos de interdependência a longa distância, é cada vez menos verdadeira”.

Considerando o que nos diz Santos, que “a rede urbana é um conjunto de aglomerações produzindo bens e serviços junto com uma rede de infra-estrutura de suporte e com os fluxos que, através desses instrumentos de intercâmbio, circulam entre as aglomerações”, a dinâmica da rede urbana estadual vem sendo marcada por uma superposição de redes, o que, rompendo com uma hierarquia urbana rígida, vem revelando a existência de um processo de reestruturação da rede urbana estadual.

Embasado na obra do geógrafo Milton Santos, o estudo discorre sobre uma superposição de redes, a qual se manifesta, por exemplo, a partir da difusão dos sistemas de telecomunicações e transportes, dos serviços de educação, justiça, bancários e postais e pela difusão das redes comerciais, além de etapas de circuitos produtivos que ocorrem no estado.

Tendo como objetivo compreender como esse processo de superposição e de reestruturação das redes ocorre no estado a partir do avanço do meio técnico-científico-informacional, o trabalho evidencia a existência de diversas lógicas espaciais de rede urbana coabitando no território potiguar, de modo a gerar uma nova estrutura de rede que rompe com os padrões clássicos de uma hierarquia urbana rígida.

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