
A mais importante descoberta arqueológica do século – estes polêmicos manuscritos podem mudar a História Sagrada – é analisada por um dos maiores intelectuais americanos de todos os tempos.
A descoberta, em 1947, dos Manuscritos Do Mar Morto, datados de algo em torno de dois mil anos, foi um dos mais sensacionais acontecimentos arqueológicos do século.
Desde então, os antiquíssimos pergaminhos têm sido tema de acirrada polêmica entre os estudiosos da História Sagrada. Mas não foram apenas eles que se apaixonaram pelo tema.
Um exemplo disso é este Os Manuscritos Do Mar Morto, escrito por um dos mais respeitados intelectuais americanos de todos os tempos. O próprio Edmund Wilson esclarece seu princípio básico de investigação: “Se o Velho e o Novo Testamentos representam a Revelação Divina, tais investigações não têm importância.
Se eles são obra puramente humana, então é a curiosidade humana que nos impele a investigar como foram escritos e qual é sua relação com um culto de imenso prestígio”.
Este volume contém, primeiro, uma reedição ligeiramente revista de meu livro The scrolls from the Dead sea (Os Manuscritos Do Mar Morto), publicado em 1955. Precedia-o na edição original a seguinte nota: O presente ensaio foi publicado pela primeira vez, em forma reduzida, na revista New Yorker.
Segue-se um relato do trabalho feito com os pergaminhos a partir de 1955 e de minha viagem ao Oriente Médio — também financiada pela New Yorker —, efetuada em 1967 com o objetivo de atualizar o texto anterior.
Na segunda parte não hesitei em repetir informações que constavam da primeira, pois o assunto é tão complexo e tão desconhecido para a maioria dos leitores que estes podem não se lembrar muito bem dos nomes e fatos mencionados nos capítulos anteriores.
Edmund Wilson nasceu em Red Bank, Nova Jersey, em 1895, e morreu em 1972. Figura decisiva na vida intelectual norte-americana, esteve entre os primeiros a saudar autores como Joyce, Fitzgerald e Hemingway. Crítico ativo até o fim da vida, assinou também várias obras de história das ideias.
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