Os Bandidos Na Mesa Do Café

Os Bandidos Na Mesa Do Café apresenta vários textos publicados no espaço Geometral, do Caderno Folha 2, da Folha da Manhã, de 2006 a 2011.

Estes textos foram publicados inicialmente no espaço chamado Geometral, que assinei, às terças-feiras, durante 6 anos, na Folha Dois, da Folha da Manhã, de Campos dos Goytacazes (RJ), e que circula pelo Norte e Noroeste Fluminenses, Búzios e Região dos Lagos, nos últimos seis anos.

No campo da arquitetura, o termo geometral designa aquilo que apresenta as dimensões, formas e posições das partes de uma obra. Assim, o título da coluna foi escolhido em vista do teor das discussões que trago aos leitores do jornal, fazendo sentido dizer que qualquer geometral, tomado em sentido metafórico, É UMA MANIFESTAÇÃO CULTURAL, seja ela superior, média ou de massa.

Não é difícil distingui-las: o rótulo cultura superior cabe a todos os produtos canonizados pela crítica erudita, como as pinturas do renascimento, as composições de Beethoven, os romances de Proust e Joyce, a arquitetura de Frank Lloyd Wright e todos os seus congêneres.

Também não é complicado identificar os produtos da cultura média: são os
Mozarts executados em ritmo de rave; as pinturas de queimadas na selva que podem ser compradas todos os domingos em feiras públicas de arte; os romances e contos de Rubem Fonseca, etc.

Já quando se tenta catalogar os produtos típicos da cultura de massa, a facilidade não é a mesma. Por quê?

Porque, antes de qualquer coisa, há um equívoco em que geralmente se incorre: o fato de a cultura fornecida pelos meios de comunicação de massa (rádio, TV, cinema) vir a ser comparada com a cultura produzida pela literatura ou pelo grande teatro, quando deveria ser relacionada com a cultura proveniente desses outros grandes meios de comunicação de massa que são a moda, os costumes alimentares, a gestualidade, etc.

O contemporâneo é híbrido, sem dúvida, mas deve-se levar sempre em conta a questão do valor (estético, comercial, midiático). Isso porque as formas culturais atravessam as classes sociais com uma intensidade e uma frequência maiores do que se costuma pensar.

Maiakovski, por exemplo, sempre acreditou que o povo podia ser um consumidor de arte de experimentação vulgarmente chamada de elite – e acreditou nisso até que a burocracia stanilista levou-o à morte. E a discussão é interminável. Este é o caminho dos meus textos e a minha grande instigação.

Links para Download

Link Quebrado?

Caso o link não esteja funcionando comente abaixo e tentaremos localizar um novo link para este livro.

Deixe seu comentário

Mais Lidos

Blog

Os Bandidos Na Mesa Do Café

Os Bandidos Na Mesa Do Café apresenta vários textos publicados no espaço Geometral, do Caderno Folha 2, da Folha da Manhã, de 2006 a 2011.

Estes textos foram publicados inicialmente no espaço chamado Geometral, que assinei, às terças-feiras, durante 6 anos, na Folha Dois, da Folha da Manhã, de Campos dos Goytacazes (RJ), e que circula pelo Norte e Noroeste Fluminenses, Búzios e Região dos Lagos, nos últimos seis anos.

No campo da arquitetura, o termo geometral designa aquilo que apresenta as dimensões, formas e posições das partes de uma obra. Assim, o título da coluna foi escolhido em vista do teor das discussões que trago aos leitores do jornal, fazendo sentido dizer que qualquer geometral, tomado em sentido metafórico, É UMA MANIFESTAÇÃO CULTURAL, seja ela superior, média ou de massa.

Não é difícil distingui-las: o rótulo cultura superior cabe a todos os produtos canonizados pela crítica erudita, como as pinturas do renascimento, as composições de Beethoven, os romances de Proust e Joyce, a arquitetura de Frank Lloyd Wright e todos os seus congêneres.

Também não é complicado identificar os produtos da cultura média: são os
Mozarts executados em ritmo de rave; as pinturas de queimadas na selva que podem ser compradas todos os domingos em feiras públicas de arte; os romances e contos de Rubem Fonseca, etc.

Já quando se tenta catalogar os produtos típicos da cultura de massa, a facilidade não é a mesma. Por quê?

Porque, antes de qualquer coisa, há um equívoco em que geralmente se incorre: o fato de a cultura fornecida pelos meios de comunicação de massa (rádio, TV, cinema) vir a ser comparada com a cultura produzida pela literatura ou pelo grande teatro, quando deveria ser relacionada com a cultura proveniente desses outros grandes meios de comunicação de massa que são a moda, os costumes alimentares, a gestualidade, etc.

O contemporâneo é híbrido, sem dúvida, mas deve-se levar sempre em conta a questão do valor (estético, comercial, midiático). Isso porque as formas culturais atravessam as classes sociais com uma intensidade e uma frequência maiores do que se costuma pensar.

Maiakovski, por exemplo, sempre acreditou que o povo podia ser um consumidor de arte de experimentação vulgarmente chamada de elite – e acreditou nisso até que a burocracia stanilista levou-o à morte. E a discussão é interminável. Este é o caminho dos meus textos e a minha grande instigação.

Link Quebrado?

Caso o link não esteja funcionando comente abaixo e tentaremos localizar um novo link para este livro.

Deixe seu comentário

Pesquisar

Mais Lidos

Blog