Durante toda a minha carreira, não se passou uma semana sem que eu tivesse que dizer a vários pacientes ou cuidadores que meu arsenal para o tratamento de uma grave doença neurológica que inevitavelmente daria cabo da vida do paciente havia se esgotado.
Entrego os pontos quando a doença toma conta a tal ponto que não há remédio imediato ou droga capaz de sequer frear a célere marcha daquele mal rumo ao fim. Estar nessa posição é de partir o coração.
Não há como se acostumar a ela, por mais que você a vivencie. O que me traz esperança, porém, é um campo de estudo promissor que finalmente tem trazido uma abordagem revolucionária ao alívio do sofrimento. Amigos da mente trata dessa nova e espantosa ciência e de como você pode tirar proveito dela em prol da sua saúde.
Detenha-se por um instante para refletir sobre a transformação do mundo no último século, graças à pesquisa em medicina. Não precisamos mais nos preocupar com a morte por varíola, disenteria, difteria, cólera ou escarlatina. Fizemos enormes progressos na redução dos índices de mortalidade por várias doenças potencialmente fatais, incluindo HIV/ aids, alguns tipos de câncer e doenças cardíacas.
Mas quando se trata das doenças e desordens relacionadas ao cérebro, o quadro é inteiramente diferente. Quase não há avanços na prevenção, no tratamento e na cura de condições neurológicas debilitantes que surgem em várias fases da vida — do autismo e do transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) à enxaqueca, depressão, esclerose múltipla, Parkinson e Alzheimer.
E infelizmente estamos perdendo terreno com muita velocidade, à medida que aumenta a incidência dessas condições em nossa sociedade.
Nos dez países mais ricos do Ocidente, as mortes por doenças cerebrais em geral, reflexo em grande parte das mortes por demência, sofreram um grande aumento nos últimos vinte anos. E os Estados Unidos estão na liderança. Na verdade, um relatório publicado no Reino Unido em 2013 mostra que nos Estados Unidos, desde 1979, as mortes em razão de problemas no cérebro aumentaram espantosos 66% nos homens e 92% nas mulheres.
Amigos Da Mente: Nutrientes E Bactérias Que Vão Curar E Proteger Seu Cérebro
- Medicina, Nutrição, Psicologia
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