Arte, Mente E Matéria

Com uma perspectiva não-tradicional de execução científica trago neste trabalho a possibilidade da inovação que propõe a horizontalidade epistêmica entre arte e ciência, experimentalmente, com laboratórios híbridos ArtSci, que inaugura a nova linha de pesquisa, até então teórica, de como o cérebro produz as bases do conhecimento

: a neuroepistemologia experimental.
Não esqueçamos aqui que nos sistemas epistemológicos que compõem a Ciência e Arte, o fato (objetividade) é gerado pelo valor (subjetividade) e ao fato é atribuído valor.
Para Bourdieu, esses campos epistêmicos são lugares de conflitos gerados por grupos sociais que disputam para conservar ou transformar relações objetivas de força em vigência. É interessante para o campo, principalmente o científico, a ficção de que a ciência se desenvolva totalmente autônoma, enquanto na verdade, o que há é um objetivo e uma cultura comum entre os cientistas, esquecendo-se do fundamento do mundo científico.
No mundo científico real a prosperidade (fato), que se adquire a partir de recursos para equipamentos, status e contatos são modelados pelo reconhecimento (valor) dos pares-concorrentes. Pensando no par concorrente como uma entidade em primeira pessoa que avalia resultados em terceira pessoa, podemos concluir que os dados objetivos em ciência são indissociados de subjetividade.
O que os cientistas postulam como objetivo, na verdade, é um acordo do que é objetivo.
A conversão de relatos subjetivos em objetividade é feita desde os primórdios do nosso sedentarismo, com os magos e xamãs, que com uma pitada de Modus Tollens, convencionou-se chamar de ciência.
A história da ciência está repleta de casos em que os cientistas faziam experimentos neles mesmos, aplicando possíveis antídotos. A diminuição dessa experimentação se deu com a divulgação das atrocidades das pesquisas nazistas, cujo resultado foi um código de experimentação científica em seres humanos, o Código de Nuremberg, enfatizando cuidados quanto ao risco, sofrimento e exigindo experimentação animal prévia à humana.
Mesmo com a aplicação do código, a década de 90 teve 182 registros de casos de autoexperimentações. Dentre eles, 12 receberam prêmios na área, sendo 5 Nobel; o mais recente indo para Barry Marshall, em 2005, depois de sua ingestão de uma cultura de Helicobacter sp., o que levou a desenvolver uma úlcera estomacal, posteriormente curada por antibióticos. No Brasil, em 2006, o Prof. Sérgio Mascarenhas, de 86 anos, desenvolveu o sensor portátil de monitoramento não invasivo de pressão intracraniana, após ser acometido de hidrocefalia de pressão normal.

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Não esqueçamos aqui que nos sistemas epistemológicos que compõem a Ciência e Arte, o fato (objetividade) é gerado pelo valor (subjetividade) e ao fato é atribuído valor.
Para Bourdieu, esses campos epistêmicos são lugares de conflitos gerados por grupos sociais que disputam para conservar ou transformar relações objetivas de força em vigência. É interessante para o campo, principalmente o científico, a ficção de que a ciência se desenvolva totalmente autônoma, enquanto na verdade, o que há é um objetivo e uma cultura comum entre os cientistas, esquecendo-se do fundamento do mundo científico.
No mundo científico real a prosperidade (fato), que se adquire a partir de recursos para equipamentos, status e contatos são modelados pelo reconhecimento (valor) dos pares-concorrentes. Pensando no par concorrente como uma entidade em primeira pessoa que avalia resultados em terceira pessoa, podemos concluir que os dados objetivos em ciência são indissociados de subjetividade.
O que os cientistas postulam como objetivo, na verdade, é um acordo do que é objetivo.
A conversão de relatos subjetivos em objetividade é feita desde os primórdios do nosso sedentarismo, com os magos e xamãs, que com uma pitada de Modus Tollens, convencionou-se chamar de ciência.
A história da ciência está repleta de casos em que os cientistas faziam experimentos neles mesmos, aplicando possíveis antídotos. A diminuição dessa experimentação se deu com a divulgação das atrocidades das pesquisas nazistas, cujo resultado foi um código de experimentação científica em seres humanos, o Código de Nuremberg, enfatizando cuidados quanto ao risco, sofrimento e exigindo experimentação animal prévia à humana.
Mesmo com a aplicação do código, a década de 90 teve 182 registros de casos de autoexperimentações. Dentre eles, 12 receberam prêmios na área, sendo 5 Nobel; o mais recente indo para Barry Marshall, em 2005, depois de sua ingestão de uma cultura de Helicobacter sp., o que levou a desenvolver uma úlcera estomacal, posteriormente curada por antibióticos. No Brasil, em 2006, o Prof. Sérgio Mascarenhas, de 86 anos, desenvolveu o sensor portátil de monitoramento não invasivo de pressão intracraniana, após ser acometido de hidrocefalia de pressão normal.

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