Linguagem, Cognição E Interações

Linguagem, Cognição E Interações reúne um conjunto de trabalhos alimentados por muitas fontes e que sugere relações mais ousadas nos estudos da linguagem.

A obra lida com uma tríade ainda pouco explorada: Linguagem, Cognição E Interações. Em diferentes capítulos, cada um desses aspectos é mais ou menos salientado, e em alguns há uma busca original de fazer um estudo interfaceado. Nesse sentido, estamos diante de um livro interdisciplinar.

Este é o aspecto primordial que sublinha esta obra organizada pelas professoras Cristina Lopomo Defendi, Renata Barbosa Vicente e Maria João Marçalo.

A escolha da interdisciplinaridade é, em perspectivas conservadoras, uma ameaça aos campos das chamadas ciências que são tomadas como “puras” que têm objetos cuidadosamente bem delimitados.

Nessa concepção tradicional, todas as áreas de estudos perfiladas atomicamente – na verdade um amálgama mutante e interconectado – foram sendo, estrategicamente, ao longo dos séculos, separadas, individualizadas, por fim, criando muitos guetos acadêmicos quase como igrejas.

Esta foi uma das grandes tendências dos estudos desejados como objetivos, e portanto científicos, no século passado: ao longo da história do pensamento humano e sob influência de muitas epistelomogias, especialmente as positivistas e estruturalistas, criaram ilhas – com os seus deuses e bíblias inquestionáveis – que contribuíram pouco para a construção de uma visão menos limitada das realidades que vamos constantemente (re)criando para/no mundo.

No que se refere aos estudos das línguas, em particular, as percepções que se resumiam a dicotomias clássicas entre gramática e vocabulário, entre fundo e superfície, ou ainda entre forma e uso promoveram grandes estudos, mas acabaram por dificultar – e isso ainda hoje – uma percepção das humanidades e das comunidades como elaboradas e existindo multifacetadamente.

Em um caminho diferente, encontramos muitas facetas neste livro que reúne um conjunto de trabalhos alimentados por muitas fontes e que sugere relações mais ousadas – tradicionalmente pouco consideradas – nos estudos da linguagem.

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Este é o aspecto primordial que sublinha esta obra organizada pelas professoras Cristina Lopomo Defendi, Renata Barbosa Vicente e Maria João Marçalo.

A escolha da interdisciplinaridade é, em perspectivas conservadoras, uma ameaça aos campos das chamadas ciências que são tomadas como “puras” que têm objetos cuidadosamente bem delimitados.

Nessa concepção tradicional, todas as áreas de estudos perfiladas atomicamente – na verdade um amálgama mutante e interconectado – foram sendo, estrategicamente, ao longo dos séculos, separadas, individualizadas, por fim, criando muitos guetos acadêmicos quase como igrejas.

Esta foi uma das grandes tendências dos estudos desejados como objetivos, e portanto científicos, no século passado: ao longo da história do pensamento humano e sob influência de muitas epistelomogias, especialmente as positivistas e estruturalistas, criaram ilhas – com os seus deuses e bíblias inquestionáveis – que contribuíram pouco para a construção de uma visão menos limitada das realidades que vamos constantemente (re)criando para/no mundo.

No que se refere aos estudos das línguas, em particular, as percepções que se resumiam a dicotomias clássicas entre gramática e vocabulário, entre fundo e superfície, ou ainda entre forma e uso promoveram grandes estudos, mas acabaram por dificultar – e isso ainda hoje – uma percepção das humanidades e das comunidades como elaboradas e existindo multifacetadamente.

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