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Este livro aborda um tema relevante para a educação nos tempos correntes, ao clarificar um conjunto de fatores em torno das “app-education”, ou seja, seus fundamentos, contextos e práticas educativas luso-brasileiras na Cibercultura em tempos de mobilidade ubíqua. Como é sabido, App é a abreviatura de applications, termo inglês que significa aplicativos. O crescimento da utilização de smartphones e tablets tem contribuído para a criação de diversos tipos de aplicativos a serem instalados no sistema operacional do dispositivo móvel, alguns dos quais são criados de raiz com finalidades pedagógicas para uso na modalidade de aprendizagem móvel (mobile learning), daí a designação de apps-learning ou apps-education.
Nesta altura (20119, ano de edição deste livro), anos após o lançamento do primeiro smartphone ( 2007), torna-se inquestionável que vivemos um momento social de aprofundamento da Cibercultura marcado pelo forte pendor da mobilidade e ubiquidade. “Conectividade, mobilidade e ubiquidade” são as três marcas comunicacionais do atual momento societário.
Com efeito, desde a entrada do século XXI que assistimos a uma aceleração de várias transformações nas tecnologias digitais de informação e comunicação, desde logo com as mudanças verificadas no sistema de informação mais popular de acesso à internet, a World Wide Web – mais conhecido pelas expressões Web ou WWW –, pois, se na primeira fase, década de do século passado, esteve muito focalizada em dispositivos da pesquisa de informação, a partir da viragem do milênio – década de 2000- 2010 – foi desenvolvido um conjunto alargado de programas centrados na interatividade entre utilizadores que permitiram um maior relacionamento social, dando origem a uma Web Social – também conhecida por Web 2.0 –, evoluindo-se na década seguinte para uma Web Semântica (Web 3.0), e já estamos a vivenciar a existência de uma Web Ubíqua (Web 4.0), prevista pelo criador da Web ao afirmar que o futuro passa pelo desenvolvimento de web ubíqua, cujo pleno funcionamento se estima para a década que está a chegar 2020 - 2030.
App-Education ou “educação baseada em aplicativos” seria uma nova roupagem para o software educacional que se popularizou na década de 1990? Nesta obra, dividida em duas partes – “Sobre fundamentos e contextos” e “Práticas educativas em mobilidade”, essa e outras dúvidas e preconceitos são desconstruídos.
Na primeira parte do livro, fica evidente que não se trata de uma nova roupagem. Os aplicativos são estruturantes da cultura contemporânea e, como tal, instauram e potencializam redes educativas que nos formam a partir de práticas culturais e processo de subjetivação. Já na segunda parte, a obra exemplifica como docentes e Pesquisadoras(es) têm praticado a App-Education em diversas áreas e níveis educacionais.
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