De Perto E De Longe

Nesta longa entrevista a Didier Eribon, Claude Lévi-Strauss fala de sua infância, formação intelectual e inquietações teóricas.

Notoriamente discreto, o antropólogo francês Claude Lévi-Strauss concedeu, em 1988, esta longa entrevista a Didier Eribon, em que fala de sua infância, formação intelectual e inquietações teóricas.

Ao revisar sua trajetória, destaca as viagens a São Paulo, ao interior do Brasil e o exílio em Nova York, onde frequentou o círculo dos surrealistas e dos antropólogos americanos.

Dom Quixote da antropologia, é assim que Lévi-Strauss aceita se definir aos oitenta anos, ao conceder ao filósofo francês Didier Eribon esta entrevista clássica.

Na época (1988) com mais de dez livros publicados - entre eles as Mitológicas, as Estruturas Elementares Do Parentesco e Tristes Trópicos - o antropólogo faz um balanço que entremeia história pessoal, formação intelectual e conceitos-chave de sua teoria.

Além de relatos sobre o fascinante convívio com grandes pensadores do século XX (Lacan, Duchamp, Ernst, Jakobson, Braudel, Merleau-Ponty, Boas), Lévi-Strauss enreda o leitor pela fluidez no trato das questões espinhosas que levantaram polêmica em torno de sua obra.

O conceito de estrutura, a discussão entre estrutura e história, o mal-entendido da definição de sociedades "quentes" e "frias", o debate com Sartre, o papel das Mitológicasna construção do estruturalismo francês, o destino da antropologia, enfim, um depoimento que, num corte transversal, relaciona os elementos de sua produção intelectual, pontuando os eixos fundamentais para compreendê-la, com o sabor de uma conversa entre amigos.

Lévi-Strauss é, sem dúvida, o antropólogo cuja obra terá exercido a maior influência no século XX. Seu nome é indissociável do que foi chamado, depois dele, Antropologia Estrutural.

Entre as múltiplas abordagens que o campo das ciências sociais conheceu no século XX, essa ocupa uma posição particular: nem releitura ousada de um sistema explicativo já reconhecido, nem teoria regional de uma classe de fenômenos circunscritos.

A Antropologia Estrutural é primeiramente um método de conhecimento original, forjado no tratamento de problemas particulares a uma disciplina, mas cujo objeto é em princípio tão vasto e a fecundidade tão notável que ele rapidamente exerceu uma influência muito além do campo de pesquisa que o viu nascer.

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Notoriamente discreto, o antropólogo francês Claude Lévi-Strauss concedeu, em 1988, esta longa entrevista a Didier Eribon, em que fala de sua infância, formação intelectual e inquietações teóricas.

Ao revisar sua trajetória, destaca as viagens a São Paulo, ao interior do Brasil e o exílio em Nova York, onde frequentou o círculo dos surrealistas e dos antropólogos americanos.

Dom Quixote da antropologia, é assim que Lévi-Strauss aceita se definir aos oitenta anos, ao conceder ao filósofo francês Didier Eribon esta entrevista clássica.

Na época (1988) com mais de dez livros publicados – entre eles as Mitológicas, as Estruturas Elementares Do Parentesco e Tristes Trópicos – o antropólogo faz um balanço que entremeia história pessoal, formação intelectual e conceitos-chave de sua teoria.

Além de relatos sobre o fascinante convívio com grandes pensadores do século XX (Lacan, Duchamp, Ernst, Jakobson, Braudel, Merleau-Ponty, Boas), Lévi-Strauss enreda o leitor pela fluidez no trato das questões espinhosas que levantaram polêmica em torno de sua obra.

O conceito de estrutura, a discussão entre estrutura e história, o mal-entendido da definição de sociedades “quentes” e “frias”, o debate com Sartre, o papel das Mitológicasna construção do estruturalismo francês, o destino da antropologia, enfim, um depoimento que, num corte transversal, relaciona os elementos de sua produção intelectual, pontuando os eixos fundamentais para compreendê-la, com o sabor de uma conversa entre amigos.

Lévi-Strauss é, sem dúvida, o antropólogo cuja obra terá exercido a maior influência no século XX. Seu nome é indissociável do que foi chamado, depois dele, Antropologia Estrutural.

Entre as múltiplas abordagens que o campo das ciências sociais conheceu no século XX, essa ocupa uma posição particular: nem releitura ousada de um sistema explicativo já reconhecido, nem teoria regional de uma classe de fenômenos circunscritos.

A Antropologia Estrutural é primeiramente um método de conhecimento original, forjado no tratamento de problemas particulares a uma disciplina, mas cujo objeto é em princípio tão vasto e a fecundidade tão notável que ele rapidamente exerceu uma influência muito além do campo de pesquisa que o viu nascer.

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