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Através da interpretação de 19 lendas e histórias antigas, entre elas as de Barba-Azul, Patinho Feio, Sapatinhos Vermelhos e La Llorona, a autora procura identificar o arquétipo da Mulher Selvagem ou a essência da alma feminina, sua psique instintiva mais profunda. E propõe o resgate desse passado longínquo, como forma de atingir a verdadeira libertação.
Mulheres Que Correm Com Os Lobos é um best-seller incomum, que desafia rótulos e explicações. Lançado em 1992 pela psicanalista, poeta e contadora de histórias americana Clarissa Pinkola Estés, o livro mistura histórias folclóricas com uma profunda análise psicológica para resgatar a natureza feminina indomável – tudo isso temperado com doses generosas de espiritualidade e sabedoria.
A experiência de ler Mulheres Que Correm Com Os Lobos é multifacetada e poderosa: às vezes sedutora, outras, aterrorizante. Mesmo que as histórias sejam povoadas por mocinhas, bruxas, vilões, animais e criaturas mágicas, a protagonista do livro é a própria leitora.
Parte desta mística ao redor do livro tem a ver com o fato de que sua leitura não é lá muito fácil. Ao longo de décadas, incontáveis grupos, círculos, clubes e seminários vêm reunindo leitoras em busca de um entendimento mais profundo sobre os mitos, lendas e contos de fadas com que a autora ilustra o universo feminino profundo.
Nas palavras de Emma Watson, que selecionou Mulheres Que Correm Com Os Lobos para seu clube de leitura, o livro deve ser lido “no seu próprio ritmo, sem pressa. Mas ele muda a sua vida”. A atriz faz parte de uma nova geração de leitoras, muitas das quais descobriram o livro nas estantes de suas mães.
A indicação de leitura parte quase sempre de uma mulher para outra, como uma velha receita de família e saberes ancestrais. Desde o parto natural até os escalda-pés e hortas no quintal de casa, estamos redescobrindo tesouros e experiências de nossas mães, avós e bisavós.
Mais do que um livro de histórias, Mulheres Que Correm Com Os Lobos é um mapa do tesouro que, como nos velhos filmes de pirata, está incompleto. Cabe à leitora completá-lo com sua própria história e desenterrar seu tesouro.
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