
Publicação em parceria com o CREFITO-1 e a ABENFISIO, contendo um conjunto de estratégias que ampliam a forma de atuar da fisioterapia e da terapia ocupacional a partir da perspectiva multi e interprofissional, do exercício de práticas intersetoriais, da mobilização de inúmeros atores para a construção de um conjunto de intervenções, do investimento na educação permanente de docentes, discentes e profissionais e, acima de tudo, do exercício do estímulo da prática profissional em prol de ações que garantam os direitos da cidadania já estabelecidos na Constituição Federal.
A publicação coloca às claras um dos principais desafios vivenciados no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), que é a garantia de oferta de serviços de saúde em quantidade, qualidade e localização adequadas, em particular quando se trata dos serviços de reabilitação.
Esta situação ganhou novos tons de gravidade com o advento da tríplice epidemia causada pelas arboviroses: Dengue, Zika e Chikugunya, que vem deixando sequelas indeléveis em mulheres e crianças, principalmente quando a situação se vincula ao Zika Vírus.
Dentre os grupos mais vulneráveis dessas epidemias, estão as mulheres em período gestacional, que têm sido assombradas com o medo de pegar essas viroses (em especial a causada pelo Zika vírus) e verem seus filhos acometidos de maneira definitiva, por uma síndrome congênita, cujas repercussões podem trazer graves alterações no desenvolvimento infantil, comprometendo a qualidade de vida desses novos cidadãos e seus familiares.
Esse drama, ora vivido por tantas famílias pernambucanas, requer uma urgente mobilização e um conjunto de intervenções, tanto a nível governamental quanto da sociedade civil, que garantam os direitos de cidadania já estabelecidos na Constituição Federal.
Dentre esses, o acesso à saúde e educação, talvez sejam os mais preciosos e, ao mesmo tempo, os mais negligenciados ao longo da nossa história de luta pelos direitos humanos.
No caso das pessoas com deficiência, é notório o consenso de que o acesso à reabilitação é uma das maiores dificuldades na garantia da integralidade do cuidado.
Considerada uma dívida histórica, pela ausência de políticas públicas relacionadas ao cuidado das pessoas com deficiência, os serviços de reabilitação foram delineados no país com forte foco em centros de excelência e concentração em capitais.
