Governo, Cultura E Desenvolvimento: Reflexões Desde A Amazônia

O presente trabalho coletivo busca pensar, tendo como pano de fundo o processo de modernização da Amazônia brasileira, as potencialidades e as contradições que ele carrega e gera, de modo a, em ressaltando as especificidades dele e do próprio contexto sociocultural amazônico no qual incide

, problematizar sua fundamentação e sua constituição enquanto projeto de modernização com profundas raízes em determinada concepção epistemológica, política, cultural e econômica.
Utilizar o contexto amazônico como chave para a leitura e para a problematização política do processo de modernização, portanto, é a estratégia que grande parte dos textos aqui reunidos toma como mote para o enquadramento do tipo de modernização cultural e econômica e da forma de colonialismo que são assumidos e impostos tanto ao horizonte sociocultural amazônico quanto mais além, ao nosso contexto nacional de um modo mais geral (isso sem mencionar-se a própria expansão cada vez mais intensificada da modernização cultural-econômica sob a forma de globalização).
O processo de constituição e de realização desse projeto de modernização em relação à Amazônia – um contexto ecológico e sociocultural totalmente diferente em relação à modernização cultural e econômica de cunho ocidental – serve, nesse sentido, como o espelho que faz aparecer o próprio sentido e as próprias práticas epistemológicas, políticas, culturais e econômicas que dinamizam seja a autocompreensão que a modernidade tem de si mesma, seja a fundamentação de projetos calcados em um ideal de modernização cultural-econômica como a alternativa por excelência da qual temos que partir e a qual não podemos abandonar.
Mais do que ressaltar os limites das formas de vida tradicionais e de um suposto ecologismo cego e arredio ao industrialismo e ao consumismo, portanto, a modernização da Amazônia enfatiza exatamente a dramaticidade e as profundas contradições da própria modernização cultural-econômica.
Ora, em que medida a utilização da modernização como paradigma epistemológico, cultural, político e econômico não naturaliza e, portanto, despolitiza a própria modernidade tanto na elaboração e na imposição de sua própria autocompreensão quanto na relação que ela estabelece com o não-moderno?

 

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O presente trabalho coletivo busca pensar, tendo como pano de fundo o processo de modernização da Amazônia brasileira, as potencialidades e as contradições que ele carrega e gera, de modo a, em ressaltando as especificidades dele e do próprio contexto sociocultural amazônico no qual incide, problematizar sua fundamentação e sua constituição enquanto projeto de modernização com profundas raízes em determinada concepção epistemológica, política, cultural e econômica.
Utilizar o contexto amazônico como chave para a leitura e para a problematização política do processo de modernização, portanto, é a estratégia que grande parte dos textos aqui reunidos toma como mote para o enquadramento do tipo de modernização cultural e econômica e da forma de colonialismo que são assumidos e impostos tanto ao horizonte sociocultural amazônico quanto mais além, ao nosso contexto nacional de um modo mais geral (isso sem mencionar-se a própria expansão cada vez mais intensificada da modernização cultural-econômica sob a forma de globalização).
O processo de constituição e de realização desse projeto de modernização em relação à Amazônia – um contexto ecológico e sociocultural totalmente diferente em relação à modernização cultural e econômica de cunho ocidental – serve, nesse sentido, como o espelho que faz aparecer o próprio sentido e as próprias práticas epistemológicas, políticas, culturais e econômicas que dinamizam seja a autocompreensão que a modernidade tem de si mesma, seja a fundamentação de projetos calcados em um ideal de modernização cultural-econômica como a alternativa por excelência da qual temos que partir e a qual não podemos abandonar.
Mais do que ressaltar os limites das formas de vida tradicionais e de um suposto ecologismo cego e arredio ao industrialismo e ao consumismo, portanto, a modernização da Amazônia enfatiza exatamente a dramaticidade e as profundas contradições da própria modernização cultural-econômica.
Ora, em que medida a utilização da modernização como paradigma epistemológico, cultural, político e econômico não naturaliza e, portanto, despolitiza a própria modernidade tanto na elaboração e na imposição de sua própria autocompreensão quanto na relação que ela estabelece com o não-moderno?

 

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