Feminismo E Discursos Jornalísticos Sobre O Aborto

Feminismo E Discursos Jornalísticos Sobre O Aborto se propõe a trazer um olhar sobre essa problemática a fim de contribuir um pouco com essa discussão.

A presente obra concebe o discurso não apenas como mera representação, mas como prática que constrói realidades. Parte, assim, do pressuposto de que ao tomar o aborto como objeto de seu discurso, o jornalismo desempenha um papel importante na construção social da prática.

O aborto voluntário é um assunto complexo, que envolve questões éticas, políticas, sociais, econômicas, culturais. A intenção aqui não é fazer uma revisão exaustiva da literatura sobre o tema nem tampouco abordá-lo em sua complexidade. O que se propõe é trazer um olhar sobre essa problemática a fim de contribuir um pouco com essa discussão.

Este livro objetiva analisar as condições que possibilitaram a existência de discursos jornalísticos sobre o aborto voluntário no jornal Folha de S. Paulo no período compreendido entre a década de 1950 e a primeira década dos anos 2000.

Tendo como base teórica, as reflexões sobre o discurso, desenvolvidas por Michel Foucault, os estudos feministas, os estudos pós-coloniais e as teorias construcionistas do jornalismo, os discursos foram analisados em suas condições sóciohistóricas de produção, considerando suas relações interdiscursivas e com outros domínios não discursivos.

Nesse sentido, o jornalismo é tomado como uma formação discursiva moderna, regida por uma ordem específica, cujos discursos existem devido a condições sóciohistóricas. O que nos leva à seguinte questão-problema: como condições sóciohistóricas permitiram a existência de determinados discursos jornalísticos sobre o aborto e não de outros?

Os resultados mostraram que, ao longo de seis décadas, o jornalismo da Folha produziu discursos diversos, heterogêneos e contraditórios sobre o aborto, legitimados por uma multiplicidade de estratégias jornalísticas. Esse campo de possibilidades estratégicas permitiu ao discurso jornalístico produzir não somente positividades, mas silêncios também.

A pesquisa concluiu que o discurso sobre o aborto não pode ser dissociado dos limites colocados por uma economia política dos discursos, gerida pelas correlações de poder.

Nesse processo, o jornalismo se constitui em instrumento e efeito de uma economia política dos discursos, estando, contudo, sempre aberto às transformações, suscitadas pelo próprio discurso.

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O aborto voluntário é um assunto complexo, que envolve questões éticas, políticas, sociais, econômicas, culturais. A intenção aqui não é fazer uma revisão exaustiva da literatura sobre o tema nem tampouco abordá-lo em sua complexidade. O que se propõe é trazer um olhar sobre essa problemática a fim de contribuir um pouco com essa discussão.

Este livro objetiva analisar as condições que possibilitaram a existência de discursos jornalísticos sobre o aborto voluntário no jornal Folha de S. Paulo no período compreendido entre a década de 1950 e a primeira década dos anos 2000.

Tendo como base teórica, as reflexões sobre o discurso, desenvolvidas por Michel Foucault, os estudos feministas, os estudos pós-coloniais e as teorias construcionistas do jornalismo, os discursos foram analisados em suas condições sóciohistóricas de produção, considerando suas relações interdiscursivas e com outros domínios não discursivos.

Nesse sentido, o jornalismo é tomado como uma formação discursiva moderna, regida por uma ordem específica, cujos discursos existem devido a condições sóciohistóricas. O que nos leva à seguinte questão-problema: como condições sóciohistóricas permitiram a existência de determinados discursos jornalísticos sobre o aborto e não de outros?

Os resultados mostraram que, ao longo de seis décadas, o jornalismo da Folha produziu discursos diversos, heterogêneos e contraditórios sobre o aborto, legitimados por uma multiplicidade de estratégias jornalísticas. Esse campo de possibilidades estratégicas permitiu ao discurso jornalístico produzir não somente positividades, mas silêncios também.

A pesquisa concluiu que o discurso sobre o aborto não pode ser dissociado dos limites colocados por uma economia política dos discursos, gerida pelas correlações de poder.

Nesse processo, o jornalismo se constitui em instrumento e efeito de uma economia política dos discursos, estando, contudo, sempre aberto às transformações, suscitadas pelo próprio discurso.

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