A América Alegorizada: Imagens E Visões Do Novo Mundo Na Iconografia Europeia Dos Séculos XVI A XVIII

Carla Mary S. Oliveira - A América Alegorizada: Imagens E Visões Do Novo Mundo Na Iconografia Europeia Dos Séculos XVI A XVIII

A iconografia europeia surgida sobre o Novo Mundo nos três séculos imediatamente seguintes às viagens desbravadoras de Cristovão Colombo, Pedro Álvares Cabral e Américo Vespúcio é extremamente profusa em exemplos de visões peculiares

sobre todo um universo que se mostrava, então, profundamente incógnito ao conquistador europeu.
Nesse contexto, as imagens surgidas a partir de idealizações sobre o mundo tropical tão distante, mesmo parecendo referir-se a algo bem diferente do cotidiano do Velho Mundo, diziam muito mais sobre o meio e a cultura que as produziram do que sobre aquilo que pretendiam representar.
A ideia que alinhava este livro, do começo ao fim, é a de que é possível perceber, por meio das alegorias visuais construídas sobre a América, algumas linhas de força bem significativas no que se refere às concepções não só do que realmente representava para o homem europeu este Novo Mundo mas, também, e por extensão, de como o Velho Mundo enxergava, culturalmente, este contato com o outro, com o desconhecido, com o que devia ser “civilizado” pela ação da espada e da Fé dos colonizadores europeus.
Considerando-se também que ao se falar de produção cultural ao longo dos séculos XVI, XVII XVIII e até mesmo estendendo-se a começos do XIX, na Europa, se estará lançando um olhar sobre um universo marcado pelas formas discursivas e estéticas oriundas da matriz renascentista – depois transmudada em barroca – torna-se pertinente começar a abordar tais visões alegóricas sobre a América justamente a partir dos engendramentos e influências culturais que muito provavelmente estão na base de tais representações visuais.
Nesse sentido, o campo da emblemática torna-se, seguramente, uma seara obrigatória a ser vencida, de modo a se tentar identificar padrões de representação e discursos inerentes a tais imagens, muitas vezes de difícil percepção para o historiador dos dias de hoje, por se tratar de um repertório com o qual há muito a civilização ocidental perdeu a familiaridade que os indivíduos europeus de começos e meados da Idade Moderna possuíam.

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A iconografia europeia surgida sobre o Novo Mundo nos três séculos imediatamente seguintes às viagens desbravadoras de Cristovão Colombo, Pedro Álvares Cabral e Américo Vespúcio é extremamente profusa em exemplos de visões peculiares sobre todo um universo que se mostrava, então, profundamente incógnito ao conquistador europeu.
Nesse contexto, as imagens surgidas a partir de idealizações sobre o mundo tropical tão distante, mesmo parecendo referir-se a algo bem diferente do cotidiano do Velho Mundo, diziam muito mais sobre o meio e a cultura que as produziram do que sobre aquilo que pretendiam representar.
A ideia que alinhava este livro, do começo ao fim, é a de que é possível perceber, por meio das alegorias visuais construídas sobre a América, algumas linhas de força bem significativas no que se refere às concepções não só do que realmente representava para o homem europeu este Novo Mundo mas, também, e por extensão, de como o Velho Mundo enxergava, culturalmente, este contato com o outro, com o desconhecido, com o que devia ser “civilizado” pela ação da espada e da Fé dos colonizadores europeus.
Considerando-se também que ao se falar de produção cultural ao longo dos séculos XVI, XVII XVIII e até mesmo estendendo-se a começos do XIX, na Europa, se estará lançando um olhar sobre um universo marcado pelas formas discursivas e estéticas oriundas da matriz renascentista – depois transmudada em barroca – torna-se pertinente começar a abordar tais visões alegóricas sobre a América justamente a partir dos engendramentos e influências culturais que muito provavelmente estão na base de tais representações visuais.
Nesse sentido, o campo da emblemática torna-se, seguramente, uma seara obrigatória a ser vencida, de modo a se tentar identificar padrões de representação e discursos inerentes a tais imagens, muitas vezes de difícil percepção para o historiador dos dias de hoje, por se tratar de um repertório com o qual há muito a civilização ocidental perdeu a familiaridade que os indivíduos europeus de começos e meados da Idade Moderna possuíam.

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