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É quase impossível supervalorizar a importância da lógica para a ciência. De fato, isso não vale apenas para as ciências empíricas, mas para todas as áreas do conhecimento humano.
Mesmo o conhecimento mais simples e direto precisa de algum tipo de fundamentação, e tal fundamentação se faz através de um argumento que precisa ser logicamente válido.
Desde de seu início, com Aristóteles, a função de determinar quais tipos de argumentos são válidos foi domínio da lógica. Com o monumental desenvolvimento da lógica no início do séc. XIX, ela toma ainda mais lugar de destaque, seja no debate sobre as relações entre lógica e matemática, seja na fundamentação da ciência proposta pelo Círculo de Viena.
Embora possamos dizer que a partir do fim do séc. XIX o papel da lógica perdeu sua centralidade nas explicações do conhecimento científico, substituindo as explicações internalistas por explicações externalista de fundo histórico e sociológico, ela ainda assim permaneceu fundamental na prática diária científica.
Sua universalidade é uma peça essencial para um tipo de conhecimento que pretende ser coletivo, ultrapassando toda e qualquer barreira cultural. Sua presença é tão ubíqua que é poucas vezes questionada ou discutida. Negar a centralidade da lógica na ciência se torna, assim, negar a própria ciência.
Esta publicação resulta de um estudo ainda em andamento sobre a História da Lógica. Este estudo inicia-se nos Pré-Socráticos e termina nos Medievais, compondo assim o Volume 1.2
O livro toma como base vários outros livro com o objetivo de divulgar amplamente a Lógica filosófica no Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT) da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).
Dito isso, a presente publicação justifica-se de várias maneiras. Primeiramente, considerando-se o aspecto “ensino-aprendizagem”, o ensino da Lógica filosófica está hoje restrito aos cursos de Filosofia.
Os cursos de exatas não se dão conta de que o ensino dessa Lógica é de enorme utilidade, pois age como um facilitador da compreensão da Matemática.
Como se não bastasse, é feita uma separação entre as Lógica Matemática, Computacional e Filosófica, como se todas não tivessem nessa última suas origens e consequentemente não pudessem interagir.
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