Territorialidade Camponesa

Territorialidade Camponesa configura-se como uma contribuição crítica fundamental para a compreensão geográfica da questão agrária da amazônia-acreana.

Territorialidade Camponesa apresenta uma excelente análise do processo de territorialização dos assentamentos familiares rurais no Acre. Para isso, discute de forma ampla sobre os problemas agrários acreanos com enfoque para o acesso à terra de trabalho para a produção familiar. Tudo isso, tendo como base para a discussão o viés da reprodução camponesa e seus condicionantes no espaço rural produzido.

Na sequência, discute-se sobre as modalidades de assentamentos e as implicações destes no uso da terra por parte das populações beneficiadas. Demonstra dessa forma, o modo como ocorre o processo de mercadorização da terra, mesmo onde há uma criação/recriação de espaço para os camponeses.

Tudo isso leva a uma discussão sobre o processo contraditório da produção capitalista do espaço do campo, quando, articulado aos mecanismos do poder que institui a recriação do campesinato, também se desenvolvem os mecanismos de expropriação/subordinação dos assentados, em especial, na lógica macro dos processos de circulação de mercadorias (venda do excedente produzido) e venda da terra (em condições melhores que antes).

Com esta análise, passa-se então para a discussão de situações específicas que são os PDS no Acre, com foco especial no PDS Nova Esperança. Inicialmente demonstra-se o significado desta nova modalidade de assentamento, proposto e implantado pelo Incra.

Então, analisa-se como esta modalidade vincula-se às demandas sociais e produtivas do Estado, para depois analisar o significado desses assentamentos no âmbito da questão agrária. Isto permite entender a inserção do viés ecológico/ambiental no âmbito das políticas de assentamentos, via o discurso “sustentável”, que desvia os problemas sociais.

Dessa forma, ao centralizar os problemas da cidade e do campo como problemas ambientais/ecológicos, retira-se o conteúdo social e passa-se a aplicar modelos de ajuste ao sistema, por via de promover o desenvolvimento sustentável.

Ao apresentar essa situação, contribui-se de forma crítica para compreensão das imbricações das políticas oficiais que, ao promover desvios das centralidades dos problemas agrários, também é refletido na periferia das cidades como problemas sociais urbanos (falta de trabalho, habitação, marginalização social, entre outros), sob a ótica totalizante da produção capitalista do espaço nesta parte da Amazônia.

Em suma, as reflexões presentes em Territorialidade Camponesa mostram o amadurecimento, por experiências vividas pelo próprio autor, de sua trajetória na graduação e no mestrado em Desenvolvimento Regional, sempre estudando as questões vividas em assentamento rurais camponeses. Por isso, este trabalho configura-se como uma contribuição crítica fundamental para a compreensão geográfica da questão agrária da amazônia-acreana, realizada a partir das políticas de assentamentos de trabalhadores familiares.

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Territorialidade Camponesa configura-se como uma contribuição crítica fundamental para a compreensão geográfica da questão agrária da amazônia-acreana.

Territorialidade Camponesa apresenta uma excelente análise do processo de territorialização dos assentamentos familiares rurais no Acre. Para isso, discute de forma ampla sobre os problemas agrários acreanos com enfoque para o acesso à terra de trabalho para a produção familiar. Tudo isso, tendo como base para a discussão o viés da reprodução camponesa e seus condicionantes no espaço rural produzido.

Na sequência, discute-se sobre as modalidades de assentamentos e as implicações destes no uso da terra por parte das populações beneficiadas. Demonstra dessa forma, o modo como ocorre o processo de mercadorização da terra, mesmo onde há uma criação/recriação de espaço para os camponeses.

Tudo isso leva a uma discussão sobre o processo contraditório da produção capitalista do espaço do campo, quando, articulado aos mecanismos do poder que institui a recriação do campesinato, também se desenvolvem os mecanismos de expropriação/subordinação dos assentados, em especial, na lógica macro dos processos de circulação de mercadorias (venda do excedente produzido) e venda da terra (em condições melhores que antes).

Com esta análise, passa-se então para a discussão de situações específicas que são os PDS no Acre, com foco especial no PDS Nova Esperança. Inicialmente demonstra-se o significado desta nova modalidade de assentamento, proposto e implantado pelo Incra.

Então, analisa-se como esta modalidade vincula-se às demandas sociais e produtivas do Estado, para depois analisar o significado desses assentamentos no âmbito da questão agrária. Isto permite entender a inserção do viés ecológico/ambiental no âmbito das políticas de assentamentos, via o discurso “sustentável”, que desvia os problemas sociais.

Dessa forma, ao centralizar os problemas da cidade e do campo como problemas ambientais/ecológicos, retira-se o conteúdo social e passa-se a aplicar modelos de ajuste ao sistema, por via de promover o desenvolvimento sustentável.

Ao apresentar essa situação, contribui-se de forma crítica para compreensão das imbricações das políticas oficiais que, ao promover desvios das centralidades dos problemas agrários, também é refletido na periferia das cidades como problemas sociais urbanos (falta de trabalho, habitação, marginalização social, entre outros), sob a ótica totalizante da produção capitalista do espaço nesta parte da Amazônia.

Em suma, as reflexões presentes em Territorialidade Camponesa mostram o amadurecimento, por experiências vividas pelo próprio autor, de sua trajetória na graduação e no mestrado em Desenvolvimento Regional, sempre estudando as questões vividas em assentamento rurais camponeses. Por isso, este trabalho configura-se como uma contribuição crítica fundamental para a compreensão geográfica da questão agrária da amazônia-acreana, realizada a partir das políticas de assentamentos de trabalhadores familiares.

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