A História De Amor De Fernando E Isaura

Em 1956, eu já começava a sonhar com aquele que, depois, seria o Romance d’A Pedra do Reino. Estava um pouco intimidado pelo sonho e pelo impulso que o determinara. E como, até ali, somente escrevera poesia e teatro, resolvi, antes de tentá-lo, avaliar e exercitar, numa história curta, as forças de que dispunha para a empresa.


Ao mesmo tempo, meu amigo Francisco Brennand sugeria que eu escrevesse uma versão brasileira do Romance de Tristão e Isolda, história que há muito tempo ele desejava ilustrar.
Foi, então, daí que surgiu, naquele ano, A história do amor de Fernando e Isaura. Sou um escritor de poucos livros e de poucos leitores. Vivo extraviado em meu tempo por acreditar em valores que a maioria julga ultrapassados. Entre esses, o amor, a honra e a beleza que ilumina os difíceis caminhos da retidão, da superioridade moral, da elevação, da delicadeza, e não da vulgaridade dos sentimentos.
Não sei, portanto, que interesse haverá, principalmente para a juventude, numa história tão fora de moda quanto esta. Os conflitos que, por causa da paixão, atormentam, aqui, os personagens, provavelmente não serão nem sequer entendidos pela geração formada por educadores que procuram fechar os olhos até para a realidade monstruosa do crime, contanto que não sejam forçados a admitir a verdade de qualquer norma moral.
Por outro lado, tenho ainda, o infortúnio de escrever movido pela paixão e pela compaixão, atitude também deslocada neste tempo de autores frios, lúcidos e impiedosos.
Lembro, então, aos eventuais leitores desta história que, narrada em 1956, sua ação decorre em ano ainda mais recuado. Por isso, encarem com indulgência os arcaicos escrúpulos de seus personagens, perdoando remorsos e hesitações que, menos do que a eles, pertencem ao coautor contemporâneo desta história tão antiga.

     

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Em 1956, eu já começava a sonhar com aquele que, depois, seria o Romance d’A Pedra do Reino. Estava um pouco intimidado pelo sonho e pelo impulso que o determinara. E como, até ali, somente escrevera poesia e teatro, resolvi, antes de tentá-lo, avaliar e exercitar, numa história curta, as forças de que dispunha para a empresa.
Ao mesmo tempo, meu amigo Francisco Brennand sugeria que eu escrevesse uma versão brasileira do Romance de Tristão e Isolda, história que há muito tempo ele desejava ilustrar.
Foi, então, daí que surgiu, naquele ano, A história do amor de Fernando e Isaura. Sou um escritor de poucos livros e de poucos leitores. Vivo extraviado em meu tempo por acreditar em valores que a maioria julga ultrapassados. Entre esses, o amor, a honra e a beleza que ilumina os difíceis caminhos da retidão, da superioridade moral, da elevação, da delicadeza, e não da vulgaridade dos sentimentos.
Não sei, portanto, que interesse haverá, principalmente para a juventude, numa história tão fora de moda quanto esta. Os conflitos que, por causa da paixão, atormentam, aqui, os personagens, provavelmente não serão nem sequer entendidos pela geração formada por educadores que procuram fechar os olhos até para a realidade monstruosa do crime, contanto que não sejam forçados a admitir a verdade de qualquer norma moral.
Por outro lado, tenho ainda, o infortúnio de escrever movido pela paixão e pela compaixão, atitude também deslocada neste tempo de autores frios, lúcidos e impiedosos.
Lembro, então, aos eventuais leitores desta história que, narrada em 1956, sua ação decorre em ano ainda mais recuado. Por isso, encarem com indulgência os arcaicos escrúpulos de seus personagens, perdoando remorsos e hesitações que, menos do que a eles, pertencem ao coautor contemporâneo desta história tão antiga.

     

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