Pertencem ao passado as organizações, com ou sem fins lucrativos, mas principalmente as primeiras, que se voltavam para dentro de si mesmas em busca de um desempenho superior à média, imprescindível para sua sobrevivência e perpetuação. Nos tempos modernos, fortaleceram-se as estratégias que colocam os clientes ou os consumidores no centro da atenção. Paralelamente, enriqueceram-se as visões sobre o mercado e os atores que nele atuam, incluindo-se as organizações concorrentes e aquelas que, a montante, contribuem fornecendo bens e serviços vitais à operação de uma organização.
Não bastasse a necessidade do olhar para além dos muros da organização, todas tiveram que se adaptar às novas ameaças e oportunidades oferecidas pela competição com empresas estrangeiras, dentro e fora de seus países de origem. Desse modo, a globalização acrescentou novos ingredientes, acirrando ainda mais a concorrência. O cliente e o competidor localizam-se agora em qualquer parte do mundo.
Embora a localização tenha sido tema de estudos desde há muito, mais recentemente avolumaram-se as pesquisas sobre os diversos métodos em que a localização é vista: clusters, aglomerados e arranjos produtivos locais passaram a merecer a atenção de muitos estudiosos de estratégias, de operações, de logística e de marketing.
Alianças estratégicas passaram a ter ainda mais importância e surgiram as redes de empresas. Como consequência, cooperação e competição agora podem se sobrepor.
Nesse contexto, a corrida pela busca e pela manutenção da vantagem competitiva precisou se modernizar. Nessa direção, os movimentos muito provavelmente não tenham sido totalmente estudados e deliberados pelas empresas. As necessidades ditadas pelo novo ambiente competitivo impulsionaram os gestores das organizações para a geração de soluções inovadoras. Dentre elas, aliar-se a competidores, em alguma circunstância, passou a configurar a estratégia de algumas organizações.
Importante, em muitas indústrias e localizações a competitividade se dá pela própria localização e pela sistemática operacional, caracterizem-se elas por arranjos, clusters ou aglomerações. Os laços entre as empresas e a governança a que estão submetidas ditam o modelo operacional, composto por estruturas, estratégias, recursos e gerenciamento.
Assim, as antigas práticas de se operar por estratégia única acabam cedendo lugar a outras, que exploram características de competição e cooperação simultaneamente. Em decorrência, novos conceitos surgiram, destacando-se dentre eles a competição conjunta, a governança supra-empresarial e a estratégia dual, como uma nova modalidade de governança.
Empresas Instaladas Em Entidades Supra-Empresas Com Orientação Estratégica Dual
- Administração, Contabilidade, Economia
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