![A abrangência e a profundidade fazem de Os Vales Que Educam uma referência muito importante para os diferentes sujeitos que compõem a Educação do Campo](https://i0.wp.com/livrandante.com.br/wp-content/uploads/2020/12/vales-que-educam.png?resize=205%2C289&ssl=1)
Todos os capítulos que compõem Os Vales Que Educam trazem relevantes contribuições para conhecer e/ou ampliar a compreensão sobre a Educação do Campo, principalmente na UFVJM. A obra articula reflexões enriquecedoras sobre a luta, a trajetória e ações afirmativas específicas do contexto da Educação do Campo, principalmente da LEC.
A Educação do Campo apresenta especificidades que vão muito além das características do campo enquanto território, mas também relacionadas ao perfil identitário dos sujeitos que a compõe. Por muito tempo, no Brasil, foi negado o direito à inserção na universidade aos povos do campo e às outras minorias. As políticas públicas para garantir a inserção e permanência dessas minorias nas universidades se constituem como fator imprescindível para que essa nova realidade se consolide, devendo, inclusive, ser pensada a ampla questão burocrática que muitas vezes dificulta o acesso.
Normalmente, conforme mostra a investigação apresentada no capítulo 1, as famílias camponesas possuem condições simples e baixa renda e, sem subsídios financeiros e apoio, torna se praticamente impossível a permanência desse público na universidade. É imprescindível a assistência para garantir o direito à equidade e às condições justas de permanência. Por isso, é tão relevante que se fale da importância da continuidade desses investimentos em assistência estudantil, sobretudo no atual cenário, em que cortes diversos, como de bolsas, foram significativos e comprometeram o andamento de importantes projetos de pesquisa.
A abrangência e a profundidade da obra, dadas as diferentes dimensões que a relacionam, direta e indiretamente, à questão da Educação do Campo, fazem de Os Vales Que Educam uma referência muito importante para os diferentes sujeitos que compõem a Educação do Campo, formuladores(as) de políticas públicas e os mais diversos movimentos sociais que reconhecem a Educação do Campo como uma prática social estratégica na construção de um Brasil mais just o, fraterno e solidário.
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