Deslocamento, Identidade E Gênero Na Literatura Latino-Americana Contemporânea

Deslocamento, Identidade E Gênero Na Literatura Latino-Americana Contemporâne traz quinze artigos , escritos em português e em espanhol.

Essa coletânea traz quinze artigos , escritos em português e em espanhol. Sem nenhuma pretensão em esgotar o tema, eles analisam diversas obras publicadas nos últimos anos na América Latina que ficcionalizam a experiência do deslocamento pelo espaço, maiormente urbano, e as constantes negociações culturais e identitárias dos sujeitos femininos em trânsito das sociedades contemporâneas.

Os artigos colocam em cena personagens femininas em constante movência e conscientes de que o pertencimento é algo temporário, pois a identidade é um conceito em transformação e, portanto, negociável.

São personagens desterritorializadas que constroem a sua subjetividade a partir da experiência do trânsito, do pertencer e do transitar entre duas ou mais culturas.

De modo que não conseguem encontrar uma referência para o termo “estar em casa”, pois, o que significa “estar em casa” quando se deve “aprender a habitar, no mínimo, duas identidades, a falar duas linguagens culturais, a traduzir e negociar entre elas?”

Os artigos, elaborados por diversos docentes e pesquisadores brasileiros e estrangeiros, discutem a inter-relação dos três eixos propostos para a coletânea: deslocamentos, identidade e gênero e questões como identidade, alteridade, memória e pertencimento.

Sob essa perspectiva, foi possível dividirmos os artigos em quatro partes. Na primeira, Gênero, raça e etnia, os textos discutem as relações estabelecidas entre deslocamento, gênero e as questões de raça que colocam em foco o feminismo negro e o indígena.

As discussões suscitadas pelos artigos imprimem uma nova dinâmica na tradição literária, pois levam o leitor a refletir sobre o perigo de uma história única, responsável pela reprodução de estereótipos e a alienação de um povo e permite-lhe escutar outras vozes, outras línguas e conhecer outras visões de mundo.

As questões relativas ao exame de como se articulam os deslocamentos e a memória nas narrativas contemporâneas, para construir as relações de pertencimento dos sujeitos desenraizados, e de como a literatura cria e recria memórias de lugares e contribuem para as (re)configurações identitárias são o tema da segunda parte, intitulada “Deslocamentos e memória”.

O conjunto de artigos que formam a terceira parte, Deslocamentos e identidades, discute a noção do sujeito desenraizado como um ser descontínuo, fragmentado, que perde o contato com a solidez adquirida com o pertencimento a uma única raiz. Ao atravessar a fronteira, o viajante torna-se um ser descentrado, possuidor de uma identidade móvel.

A quarta parte, Deslocamentos e estudos pós-coloniais, apresenta dois artigos que, apoiados na teoria pós-colonial, propõem um reexame do colonialismo, a fim de dar voz e visibilidade ao sujeito feminino, considerado como subalterno.

Ao assumirem a escrita, as vozes femininas pós-coloniais alcançam o reconhecimento de suas diferenças etnoculturais e de suas identidades, construindo, assim, por meio de diálogos e enlaces entre as escritas ficcional e historiográfica, uma nova versão, no feminino, da historiografia sobre o período colonial.

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Os artigos colocam em cena personagens femininas em constante movência e conscientes de que o pertencimento é algo temporário, pois a identidade é um conceito em transformação e, portanto, negociável.

São personagens desterritorializadas que constroem a sua subjetividade a partir da experiência do trânsito, do pertencer e do transitar entre duas ou mais culturas.

De modo que não conseguem encontrar uma referência para o termo “estar em casa”, pois, o que significa “estar em casa” quando se deve “aprender a habitar, no mínimo, duas identidades, a falar duas linguagens culturais, a traduzir e negociar entre elas?”

Os artigos, elaborados por diversos docentes e pesquisadores brasileiros e estrangeiros, discutem a inter-relação dos três eixos propostos para a coletânea: deslocamentos, identidade e gênero e questões como identidade, alteridade, memória e pertencimento.

Sob essa perspectiva, foi possível dividirmos os artigos em quatro partes. Na primeira, Gênero, raça e etnia, os textos discutem as relações estabelecidas entre deslocamento, gênero e as questões de raça que colocam em foco o feminismo negro e o indígena.

As discussões suscitadas pelos artigos imprimem uma nova dinâmica na tradição literária, pois levam o leitor a refletir sobre o perigo de uma história única, responsável pela reprodução de estereótipos e a alienação de um povo e permite-lhe escutar outras vozes, outras línguas e conhecer outras visões de mundo.

As questões relativas ao exame de como se articulam os deslocamentos e a memória nas narrativas contemporâneas, para construir as relações de pertencimento dos sujeitos desenraizados, e de como a literatura cria e recria memórias de lugares e contribuem para as (re)configurações identitárias são o tema da segunda parte, intitulada “Deslocamentos e memória”.

O conjunto de artigos que formam a terceira parte, Deslocamentos e identidades, discute a noção do sujeito desenraizado como um ser descontínuo, fragmentado, que perde o contato com a solidez adquirida com o pertencimento a uma única raiz. Ao atravessar a fronteira, o viajante torna-se um ser descentrado, possuidor de uma identidade móvel.

A quarta parte, Deslocamentos e estudos pós-coloniais, apresenta dois artigos que, apoiados na teoria pós-colonial, propõem um reexame do colonialismo, a fim de dar voz e visibilidade ao sujeito feminino, considerado como subalterno.

Ao assumirem a escrita, as vozes femininas pós-coloniais alcançam o reconhecimento de suas diferenças etnoculturais e de suas identidades, construindo, assim, por meio de diálogos e enlaces entre as escritas ficcional e historiográfica, uma nova versão, no feminino, da historiografia sobre o período colonial.

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