Bilac Vivo

Com Poesias (1888) e Tarde (1919), entre outras obras, Olavo Bilac (1865-1918) insere seu nome na história da literatura brasileira como um dos principais poetas parnasianos, dos quais é certamente o mais popular, graças à sensualidade decorosa e ao sentimentalismo mitigado, além da habilidade versificatória. Junto a seus contemporâneos, o escritor adquire também sólida reputação como jornalista, orador e intelectual politicamente empenhado.


Em Bilac Vivo, estão reunidos ensaios que contemplam várias facetas da múltipla atuação pública de Bilac e põem em relevo algumas de suas intervenções em favor da liberdade de imprensa, da democracia, do saneamento e da modernização urbanística do Rio de Janeiro, do serviço militar obrigatório (no contexto da Primeira Guerra Mundial) e do ensino (básico) universal, público, gratuito e de qualidade.
Autor de sátiras e crônicas políticas, Olavo Bilac, nos primeiros anos da República, afirma-se inclusive como um dos mais aguerridos críticos do presidente Floriano Peixoto (1839-1895), que o encarcera e obriga-o a auto-exilar-se em Minas Gerais.
Embora o autor deste livro suponha colocar-se entre os antípodas ideológicos do poeta parnasiano, adotou o título com propósitos polêmicos, pois desde a série de ensaios Mestres do Passado, escrita por Mário de Andrade, e da eleição dos parnasianos como alvos preferenciais pelos modernistas e seus admiradores – que após a Semana de Arte Moderna (1922) deram régua e compasso aos estudos literários no Brasil –, Bilac vem sendo considerado um poeta morto, isto é, que já nada representa para os contemporâneos.
Como se estudaram várias fases da trajetória intelectual de Bilac, inextricavelmente associada às transformações por que passou a imprensa brasileira em seu tempo, os ensaios reunidos neste volume dão um retrato do poeta quando vivo, ou seja, formam, em seu conjunto, uma espécie de biografia fragmentária que, deixando em segundo plano os episódios pitorescos ou até mesmo dramáticos tão bem narrados, com mais ou menos rigor, por Raimundo Magalhães Jr. e Fernando Jorge, entre outros biógrafos, põe ênfase nos projetos intelectuais e nas atividades políticas e culturais que o popular poeta parnasiano e jornalista desenvolveu em sua vida. Embora esse aspecto tenha sido negado ou menosprezado pela crítica filomodernista.

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Com Poesias (1888) e Tarde (1919), entre outras obras, Olavo Bilac (1865-1918) insere seu nome na história da literatura brasileira como um dos principais poetas parnasianos, dos quais é certamente o mais popular, graças à sensualidade decorosa e ao sentimentalismo mitigado, além da habilidade versificatória. Junto a seus contemporâneos, o escritor adquire também sólida reputação como jornalista, orador e intelectual politicamente empenhado.
Em Bilac Vivo, estão reunidos ensaios que contemplam várias facetas da múltipla atuação pública de Bilac e põem em relevo algumas de suas intervenções em favor da liberdade de imprensa, da democracia, do saneamento e da modernização urbanística do Rio de Janeiro, do serviço militar obrigatório (no contexto da Primeira Guerra Mundial) e do ensino (básico) universal, público, gratuito e de qualidade.
Autor de sátiras e crônicas políticas, Olavo Bilac, nos primeiros anos da República, afirma-se inclusive como um dos mais aguerridos críticos do presidente Floriano Peixoto (1839-1895), que o encarcera e obriga-o a auto-exilar-se em Minas Gerais.
Embora o autor deste livro suponha colocar-se entre os antípodas ideológicos do poeta parnasiano, adotou o título com propósitos polêmicos, pois desde a série de ensaios Mestres do Passado, escrita por Mário de Andrade, e da eleição dos parnasianos como alvos preferenciais pelos modernistas e seus admiradores – que após a Semana de Arte Moderna (1922) deram régua e compasso aos estudos literários no Brasil –, Bilac vem sendo considerado um poeta morto, isto é, que já nada representa para os contemporâneos.
Como se estudaram várias fases da trajetória intelectual de Bilac, inextricavelmente associada às transformações por que passou a imprensa brasileira em seu tempo, os ensaios reunidos neste volume dão um retrato do poeta quando vivo, ou seja, formam, em seu conjunto, uma espécie de biografia fragmentária que, deixando em segundo plano os episódios pitorescos ou até mesmo dramáticos tão bem narrados, com mais ou menos rigor, por Raimundo Magalhães Jr. e Fernando Jorge, entre outros biógrafos, põe ênfase nos projetos intelectuais e nas atividades políticas e culturais que o popular poeta parnasiano e jornalista desenvolveu em sua vida. Embora esse aspecto tenha sido negado ou menosprezado pela crítica filomodernista.

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