![O panorama dos conflitos fundiários no Brasil relativo ao ano de 2018 é uma ação do Fórum Nacional de Reforma Urbana - FNRU.](https://i0.wp.com/livrandante.com.br/wp-content/uploads/2019/11/panorama-dos-conflitos-fundi%C3%A1rios-urbanos-no-brasil-em-2018.jpg?w=800&ssl=1)
O Panorama Dos Conflitos Fundiários No Brasil relativo ao ano de 2018 é uma ação do Fórum Nacional de Reforma Urbana – FNRU.
O relatório parte da necessidade de uma leitura ampla do contexto dos conflitos fundiários do país, visto que atualmente existem inúmeras iniciativas promovidas por grupos de pesquisa e ONGs, que analisam este cenário utilizando distintas metodologias de coleta de dados e recortes espaciais, que não se conectam de modo a construir um panorama nacional.
Esse relatório se propõe a ser anual e a garantir a maior amplitude nacional
possível.
O FNRU é uma rede nacional integrada por movimentos populares, entidades profissionais e de trabalhadores, academia e ONGs, que tem como objetivo pensar e atuar nas cidades pela promoção da reforma urbana e pela construção de cidades para todos.
Um tema que preocupa essa rede são os despejos causados por ordens judiciais e administrativas contra pessoas e comunidades que lutam pelo direito de morar nas cidades. Portanto, esta pesquisa se propõe a denunciar as violações de direitos humanos ocorridas nestes despejos.
A partir do diálogo entre as iniciativas de mapeamentos e levantamentos existentes no país acerca do tema, elabora-se um quadro informativo da situação desses conflitos pela posse da terra urbana no Brasil.
De acordo com a última contagem do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, o Brasil havia atingido o índice de 84,36% de população urbana. Isso significa que mais de 160 milhões de brasileiros e brasileiras vivem em cidades.
Contudo, o mesmo Censo traz que 11,5 milhões de brasileiros estão em “aglomerados subnormais” – denominação insatisfatória do IBGE para denominar os assentamentos de baixa renda, como vilas, favelas, comunidades, etc.; – evidenciando, portanto, que a urbanização brasileira se dá em patamar extremamente díspar.
A evolução urbana no Brasil é marcada pela construção de espaços profundamente desiguais. Se em outros países o processo de urbanização significou a distribuição de renda e o desenvolvimento social, no Brasil, os benefícios foram e são para poucos.
As dualidades centro e periferia e favelas e condomínios fechados de alto padrão tornam notáveis as contradições sociais que constituem as cidades brasileiras.
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