Teoria Literária E Hermenêutica Ricoeuriana

Teoria Literária E Hermenêutica Ricoeuriana: Um Diálogo Possível - A exemplo do que acontece num panorama mais amplo, a teoria literária sempre dialogou com a filosofia em busca de possíveis caminhos teóricos para as análises de seu "corpus". Tendo em vista essa constatação, este projeto pretende explorar as contribuições que a concepção da hermenêutica, tal como desenvolvida pelo filósofo francês Paul Ricoeur, pode oferecer para uma leitura critica de textos literários.


Para tanto, serão consideradas algumas de suas obras que abordam, direta ou tangencialmente, a questão da obra literária. O projeto prevê a formação de um grupo de estudos sobre a obra do filósofo Paul Ricoeur e contará com a participação de pesquisadores especialistas em suas obras, a fim de ampliar a discussão e amadurecer o diálogo interdisciplinar entre Teoria Literária e Filosofia.
O acervo do Prof. Dr. Paul Ricoeur, aberto em Paris e presidido pelo Prof. Dr. Olivier Abel, foi-nos posto à disposição por esse, que se prontificou a fornecer dados e demais contribuições necessárias, conforme as solicitações formuladas ao longo do processo de pesquisa e reflexão.
Paul Ricoeur nasceu em 27 de fevereiro de 1913, em Valence, numa família protestante. Órfão de mãe, que morre pouco depois de seu nascimento, Ricoeur perdeu o pai na batalha de Marne, em 1915. O filósofo foi criado por sua tia e muito cedo desenvolveu o gosto pela leitura, o que o distinguiu futuramente. De acordo com François Dosse, autor de Paul Ricoeur – le sens d’une vie, Ricoeur substituiu, com os livros, a falta dos pais.
Em 1936, licenciado em filosofia, criou a revista Être, inspirada nos preceitos de Karl Barth, um teólogo cristão suíço. Em 1939, servindo como oficial de reserva, Ricoeur foi preso pelos nazistas e enviado ao campo Gross-Born e depois a Arnswalde na Pomerânia, atualmente Polônia. Nesse último campo, o filósofo se encontrou preso com outros sete companheiros: Roger Ikor, Jacques Desbiez, Paul-André Lesort Chevallier, Fernand Langrand, Savinas e Mikel Dufrenne. Com este, Ricoeur estudou a obra de Karl Jaspers.
Segundo Dosse, essa leitura comum resultou na primeira publicação de Paul Ricoeur, em co-autoria com Dufrenne, em 1947: Karl Jaspers et la philosophie de l’existence. Ainda nessa época, no cativeiro, Ricoeur traduziu o filósofo alemão Edmund Husserl. No período de pós-guerra, o existencialismo de Jean Paul Sartre ganhava força em toda Europa, e Paul Ricoeur não ficou indiferente à influência dessa nova filosofia. Contudo, suas convicções pessoais o conduziram a uma maior afinidade com o existencialismo postulado por pensadores como Gabriel Marcel e Sǿren Kierkegaard, além de Karl Jaspers, evidentemente.

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Teoria Literária E Hermenêutica Ricoeuriana: Um Diálogo Possível – A exemplo do que acontece num panorama mais amplo, a teoria literária sempre dialogou com a filosofia em busca de possíveis caminhos teóricos para as análises de seu “corpus”. Tendo em vista essa constatação, este projeto pretende explorar as contribuições que a concepção da hermenêutica, tal como desenvolvida pelo filósofo francês Paul Ricoeur, pode oferecer para uma leitura critica de textos literários.
Para tanto, serão consideradas algumas de suas obras que abordam, direta ou tangencialmente, a questão da obra literária. O projeto prevê a formação de um grupo de estudos sobre a obra do filósofo Paul Ricoeur e contará com a participação de pesquisadores especialistas em suas obras, a fim de ampliar a discussão e amadurecer o diálogo interdisciplinar entre Teoria Literária e Filosofia.
O acervo do Prof. Dr. Paul Ricoeur, aberto em Paris e presidido pelo Prof. Dr. Olivier Abel, foi-nos posto à disposição por esse, que se prontificou a fornecer dados e demais contribuições necessárias, conforme as solicitações formuladas ao longo do processo de pesquisa e reflexão.
Paul Ricoeur nasceu em 27 de fevereiro de 1913, em Valence, numa família protestante. Órfão de mãe, que morre pouco depois de seu nascimento, Ricoeur perdeu o pai na batalha de Marne, em 1915. O filósofo foi criado por sua tia e muito cedo desenvolveu o gosto pela leitura, o que o distinguiu futuramente. De acordo com François Dosse, autor de Paul Ricoeur – le sens d’une vie, Ricoeur substituiu, com os livros, a falta dos pais.
Em 1936, licenciado em filosofia, criou a revista Être, inspirada nos preceitos de Karl Barth, um teólogo cristão suíço. Em 1939, servindo como oficial de reserva, Ricoeur foi preso pelos nazistas e enviado ao campo Gross-Born e depois a Arnswalde na Pomerânia, atualmente Polônia. Nesse último campo, o filósofo se encontrou preso com outros sete companheiros: Roger Ikor, Jacques Desbiez, Paul-André Lesort Chevallier, Fernand Langrand, Savinas e Mikel Dufrenne. Com este, Ricoeur estudou a obra de Karl Jaspers.
Segundo Dosse, essa leitura comum resultou na primeira publicação de Paul Ricoeur, em co-autoria com Dufrenne, em 1947: Karl Jaspers et la philosophie de l’existence. Ainda nessa época, no cativeiro, Ricoeur traduziu o filósofo alemão Edmund Husserl. No período de pós-guerra, o existencialismo de Jean Paul Sartre ganhava força em toda Europa, e Paul Ricoeur não ficou indiferente à influência dessa nova filosofia. Contudo, suas convicções pessoais o conduziram a uma maior afinidade com o existencialismo postulado por pensadores como Gabriel Marcel e Sǿren Kierkegaard, além de Karl Jaspers, evidentemente.

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