Arquivo 37

Vanilda Salignac De Souza Mazzoni - Arquivo 37: A História Das Monjas Beneditinas No Brasil
A vida religiosa feminina tem uma importância ímpar na história do Brasil, pois as Irmandades e Ordens estiveram presentes prestando auxílio na área médica, social e pedagógica.


Ainda que sua presença fosse tardia em relação aos religiosos masculinos (justificada pelos interesses da Colônia), houve uma contribuição efetiva na construção do pensamento feminino no país.
Pronto. Estava definido o tema de estudo. Necessitava, então, decidir o viés da pesquisa sobre a mulher, e o escolhido foi a Ordem Beneditina feminina.
Aliado à importância e relevância do tema, alguns outros motivos pessoais me levaram a escrever sobre a vida das monjas beneditinas no Brasil: o interesse nos estudos de gênero sobre a condição feminina; por ter sido oportunizado pela professora Dra. Constância Lima Duarte, da Universidade Federal de Minas Gerais, fazer um estudo de pós-doutoramento na perspectiva dos estudos feministas, dando continuidade ao meu trabalho anterior de mestrado e doutorado na respectiva área; pelo apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) na pesquisa denominada De vita mulierum: estudo das regras das monjas beneditinas (1744), quando tive a oportunidade de pesquisar mais profundamente sobre as religiosas no texto conhecido como Livro das monjas, publicado em Lisboa, em 1744, pelo monge irlandês Gabriel Talbot, que é uma versão feminina da Regra dos Mosteiros (escrita originalmente pelo monge italiano São Bento e mais conhecida como Regra de São Bento), edição de 1586, o qual serviu de base para a construção desta pesquisa, e financiamento também a este trabalho.
Após as primeiras leituras do Livro das monjas, algumas inquietações sobre a compreensão da vida das mulheres neste ambiente religioso foram surgindo: A Regra dos Mosteiros é conhecida por seu rigor na dedicação das orações e do claustro para o conhecimento interior, tal rigor seria o mesmo quando se trata da regra das monjas? Qual a diferença da vida entre o mosteiro feminino e o masculino?
Sabe-se que os mosteiros foram centros difusores de cultura e monopólio de ensino pedagógico, haja vista seus acervos bibliográficos, mobiliário; por que os mosteiros femininos se dedicaram à função feminina de assistência social? Seria verdade que, ao contrário de outras congregações religiosas, os mosteiros beneditinos só aceitavam mulheres em sua congregação que apresentassem vocação religiosa? O que as levou a entrar na Ordem? E hoje, como elas vivem? O que pensam das conquistas femininas na contemporaneidade? Como o mundo laico é visto por elas? Busquei responder a todos esses questionamentos durante a pesquisa.

 

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A vida religiosa feminina tem uma importância ímpar na história do Brasil, pois as Irmandades e Ordens estiveram presentes prestando auxílio na área médica, social e pedagógica.
Ainda que sua presença fosse tardia em relação aos religiosos masculinos (justificada pelos interesses da Colônia), houve uma contribuição efetiva na construção do pensamento feminino no país.
Pronto. Estava definido o tema de estudo. Necessitava, então, decidir o viés da pesquisa sobre a mulher, e o escolhido foi a Ordem Beneditina feminina.
Aliado à importância e relevância do tema, alguns outros motivos pessoais me levaram a escrever sobre a vida das monjas beneditinas no Brasil: o interesse nos estudos de gênero sobre a condição feminina; por ter sido oportunizado pela professora Dra. Constância Lima Duarte, da Universidade Federal de Minas Gerais, fazer um estudo de pós-doutoramento na perspectiva dos estudos feministas, dando continuidade ao meu trabalho anterior de mestrado e doutorado na respectiva área; pelo apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) na pesquisa denominada De vita mulierum: estudo das regras das monjas beneditinas (1744), quando tive a oportunidade de pesquisar mais profundamente sobre as religiosas no texto conhecido como Livro das monjas, publicado em Lisboa, em 1744, pelo monge irlandês Gabriel Talbot, que é uma versão feminina da Regra dos Mosteiros (escrita originalmente pelo monge italiano São Bento e mais conhecida como Regra de São Bento), edição de 1586, o qual serviu de base para a construção desta pesquisa, e financiamento também a este trabalho.
Após as primeiras leituras do Livro das monjas, algumas inquietações sobre a compreensão da vida das mulheres neste ambiente religioso foram surgindo: A Regra dos Mosteiros é conhecida por seu rigor na dedicação das orações e do claustro para o conhecimento interior, tal rigor seria o mesmo quando se trata da regra das monjas? Qual a diferença da vida entre o mosteiro feminino e o masculino?
Sabe-se que os mosteiros foram centros difusores de cultura e monopólio de ensino pedagógico, haja vista seus acervos bibliográficos, mobiliário; por que os mosteiros femininos se dedicaram à função feminina de assistência social? Seria verdade que, ao contrário de outras congregações religiosas, os mosteiros beneditinos só aceitavam mulheres em sua congregação que apresentassem vocação religiosa? O que as levou a entrar na Ordem? E hoje, como elas vivem? O que pensam das conquistas femininas na contemporaneidade? Como o mundo laico é visto por elas? Busquei responder a todos esses questionamentos durante a pesquisa.

 

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