Kierkegaard, Nietzsche E Heidegger

O que se pretende, com essa obra, é fomentar o exercício dessa atividade de estudo, desse ater-se e pôr-se no caminho do pensamento que já se pôs no nosso caminho.
Os textos aqui apresentados, portanto, pretendem apenas introduzir os caminhantes, que são os próprios autores e também os leitores, na caminhada do pensar

, nos caminhos de floresta (Holzwege) que, conforme dizia Heidegger, são caminhos que, na maior parte das vezes, acabam se perdendo no ainda não-trilhado.
Mas é só na errância que esses caminhos conduzem que o homem pode escapar do erro de seguir o já trilhado, e assim propriamente se encontrar, ou seja, pensar.
Zaratustra, no discurso da virtude dadivosa, já alertava os seus discípulos para essa necessidade: “Ainda não vos havíeis procurado a vós mesmos: então, me achastes. Assim falam todos os crentes; por isso, valem tão pouco todas as crenças. Agora, eu vos mando perder-vos e achar-vos a vós mesmo...”
Os textos que compõem o presente Caderno de Estudos de Fenomenologia e Hermenêutica: Kierkegaard, Nietzsche e Heidegger: O Pensamento Contemporâneo e a Crítica à Metafísica, são oriundos tanto do trabalho que vem sendo desenvolvido, sob a minha coordenação, pelo Grupo de Pesquisa Corpo e Fenomenologia, junto aos alunos de Graduação e Pós-Graduação do curso de Filosofia da UFPB, como também da parceria com o Grupo de Pesquisa Filosofia e Hermenêutica, coordenado pelo Prof. Dr. Miguel Antonio do Nascimento.
Com o intuito de divulgar a produção e promover o intercâmbio, resolvemos publicar alguns textos oriundos dos estudos que vem sendo realizados pelos discentes e pesquisadores dos respectivos Grupos de Pesquisa.
Recebemos ainda como colaboração textos de dois dos principais estudiosos de Heidegger e Nietzsche no Brasil: O do Prof. Ernildo Stein, intitulado Notas sobre Hermenêutica em Heidegger e Gadamer: dois sentidos diferentes e o do Prof. Gilvan Fogel, intitulado Martin Heidegger lendo Frederico Nietzsche. Agradecemos imensamente a inestimável colaboração dos dois professores e esperamos, no futuro, publicar outros números desse Caderno.
Queremos desenvolver essa breve apresentação falando um pouco acerca do sentido da palavra estudo.
Esperamos assim justificar de algum modo o motivo do uso da expressão Caderno de Estudos e não Caderno de Pesquisas, muito embora, na verdade, se trate aqui da apresentação dos trabalhos dos Grupos de Pesquisa.
Etimologicamente a palavra estudo deriva do latim studium, que significa empenho, esforço, dedicação, no sentido de comprometer-se com um trabalho, com uma tarefa. No estudo, portanto, encontra-se o engajamento, a aplicação, o cuidado necessário para se buscar e ir ao encalço daquilo que se procura.
Mas o que se procura só surge, cresce e se consuma no procurar. O procurado, desse modo, não é o que está previamente delineado e antecipado e que pode vir a ser alcançado a partir de uma metodologia, de um conjunto de regras previamente determinadas, como acontece na pesquisa.

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O que se pretende, com essa obra, é fomentar o exercício dessa atividade de estudo, desse ater-se e pôr-se no caminho do pensamento que já se pôs no nosso caminho.
Os textos aqui apresentados, portanto, pretendem apenas introduzir os caminhantes, que são os próprios autores e também os leitores, na caminhada do pensar, nos caminhos de floresta (Holzwege) que, conforme dizia Heidegger, são caminhos que, na maior parte das vezes, acabam se perdendo no ainda não-trilhado.
Mas é só na errância que esses caminhos conduzem que o homem pode escapar do erro de seguir o já trilhado, e assim propriamente se encontrar, ou seja, pensar.
Zaratustra, no discurso da virtude dadivosa, já alertava os seus discípulos para essa necessidade: “Ainda não vos havíeis procurado a vós mesmos: então, me achastes. Assim falam todos os crentes; por isso, valem tão pouco todas as crenças. Agora, eu vos mando perder-vos e achar-vos a vós mesmo…”
Os textos que compõem o presente Caderno de Estudos de Fenomenologia e Hermenêutica: Kierkegaard, Nietzsche e Heidegger: O Pensamento Contemporâneo e a Crítica à Metafísica, são oriundos tanto do trabalho que vem sendo desenvolvido, sob a minha coordenação, pelo Grupo de Pesquisa Corpo e Fenomenologia, junto aos alunos de Graduação e Pós-Graduação do curso de Filosofia da UFPB, como também da parceria com o Grupo de Pesquisa Filosofia e Hermenêutica, coordenado pelo Prof. Dr. Miguel Antonio do Nascimento.
Com o intuito de divulgar a produção e promover o intercâmbio, resolvemos publicar alguns textos oriundos dos estudos que vem sendo realizados pelos discentes e pesquisadores dos respectivos Grupos de Pesquisa.
Recebemos ainda como colaboração textos de dois dos principais estudiosos de Heidegger e Nietzsche no Brasil: O do Prof. Ernildo Stein, intitulado Notas sobre Hermenêutica em Heidegger e Gadamer: dois sentidos diferentes e o do Prof. Gilvan Fogel, intitulado Martin Heidegger lendo Frederico Nietzsche. Agradecemos imensamente a inestimável colaboração dos dois professores e esperamos, no futuro, publicar outros números desse Caderno.
Queremos desenvolver essa breve apresentação falando um pouco acerca do sentido da palavra estudo.
Esperamos assim justificar de algum modo o motivo do uso da expressão Caderno de Estudos e não Caderno de Pesquisas, muito embora, na verdade, se trate aqui da apresentação dos trabalhos dos Grupos de Pesquisa.
Etimologicamente a palavra estudo deriva do latim studium, que significa empenho, esforço, dedicação, no sentido de comprometer-se com um trabalho, com uma tarefa. No estudo, portanto, encontra-se o engajamento, a aplicação, o cuidado necessário para se buscar e ir ao encalço daquilo que se procura.
Mas o que se procura só surge, cresce e se consuma no procurar. O procurado, desse modo, não é o que está previamente delineado e antecipado e que pode vir a ser alcançado a partir de uma metodologia, de um conjunto de regras previamente determinadas, como acontece na pesquisa.

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