Razões Práticas

Em Razões Práticas, Bourdieu procura traçar uma teoria da ação focada nas dinâmicas e nos mecanismos das práticas dos sujeitos, os quais chama frequentemente de agentes sociais. Bourdieu é importante, portanto para pensar a questão da agência, suas motivações e mecanismos.
Critica a visão excessivamente teleológica e racional da ação – projeto, finalismo, estratégia, intencionalidade e utilitarismo. Por outro lado, condena também a visão estrutural-funcionalista, que anula os sujeitos em favor do funcionamento de uma estrutura mais ou menos transcendental.


Tem como objeto de análise sociedades complexas ocidentais, que chama de sociedades diferenciadas, embora tenha pesquisado também sociedades pré-capitalistas, como a sociedade cabila, na Argélia.
Sua noção de sociedade diferenciada traz à lembrança os processos de diferenciação em biologia e, como estes, não está dissociada de uma orientação evolucionista.
A ideia que fundamenta sua teoria da ação é a de diferentes tipos de capital, sua distribuição na sociedade e sua percepção pelos agentes sociais: além do capital econômico, já tão estudado e enfatizado pelo materialismo histórico, destaca o capital cultural, político, religioso etc.
O capital simbólico entra, aqui, como um metacapital, pois trata-se da percepção de cada tipo de capital pelos agentes, que lhe atribuem valor. Esta percepção e valoração dos capitais constitui o capital simbólico, que está na base não só da constituição do Estado, mas também da instauração e manutenção de relações de dominação.
Os sujeitos ocupam diferentes espaços sociais, de acordo com a distribuição dos diferentes tipos de capital na sociedade. Bourdieu exemplifica com um quadro da distribuição do capital cultural X capital econômico. O espaço social determina diferentes espaços de tomada de posição, e diferentes disposições.
O espaço é relacional: “(…) conjunto de posições distintas e coexistentes, exteriores umas às outras por sua exterioridade mútua e por relações de proximidade, vizinhança ou de distanciamento e, também, por relações de ordem, como acima, abaixo e entre”...

   

 

 

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Tem como objeto de análise sociedades complexas ocidentais, que chama de sociedades diferenciadas, embora tenha pesquisado também sociedades pré-capitalistas, como a sociedade cabila, na Argélia.
Sua noção de sociedade diferenciada traz à lembrança os processos de diferenciação em biologia e, como estes, não está dissociada de uma orientação evolucionista.
A ideia que fundamenta sua teoria da ação é a de diferentes tipos de capital, sua distribuição na sociedade e sua percepção pelos agentes sociais: além do capital econômico, já tão estudado e enfatizado pelo materialismo histórico, destaca o capital cultural, político, religioso etc.
O capital simbólico entra, aqui, como um metacapital, pois trata-se da percepção de cada tipo de capital pelos agentes, que lhe atribuem valor. Esta percepção e valoração dos capitais constitui o capital simbólico, que está na base não só da constituição do Estado, mas também da instauração e manutenção de relações de dominação.
Os sujeitos ocupam diferentes espaços sociais, de acordo com a distribuição dos diferentes tipos de capital na sociedade. Bourdieu exemplifica com um quadro da distribuição do capital cultural X capital econômico. O espaço social determina diferentes espaços de tomada de posição, e diferentes disposições.
O espaço é relacional: “(…) conjunto de posições distintas e coexistentes, exteriores umas às outras por sua exterioridade mútua e por relações de proximidade, vizinhança ou de distanciamento e, também, por relações de ordem, como acima, abaixo e entre”

   

 

 

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