A Vida De Mat

A vida de Mat, quarto romance do jornalista Mino Carta, é sobretudo um livro de memórias. E como em suas obras anteriores, a ficção aqui não deixa de lançar mão de um fundo autobiográfico.

Mat — cujo cujo nome deriva de matto, em italiano, louco — vive na Itália, mas percebe que em algum momento de sua existência fora surpreendido por uma mudança súbita.
“Ao reabrir os olhos a cidade mudara”, e sentado em uma praça do Norte da Itália, de pronto se apresenta um novo continente, com “uma postura frívola, de um barroco colonial cheio de volutas e enfeites de cimento prensado, e estuques coloridos”.
O livro expõe, de modo particular, a insignificância da vida, pelas tópicas da brevidade da nossa existência, da necessidade de viver o momento, do tempo que nos escapa. E, sobretudo, trata da ilusão, ou melhor, da necessidade de se desiludir. Com um conjunto de anotações, cartas e autobiografia sem fatos propriamente, Mat constrói imagens sobre seu tempo, que nada têm de real ou histórico. Como ele mesmo declara de início, estas são notas “para a serventia exclusiva de quem às fez”.
Como diz Mat, “tudo é eterno e nada é. A questão é o tempo, como sabemos, invenção do homem. Sinto que tudo na vida ocorre no mesmo momento, como se nascêssemos mortos.”

Recordações esparsas, anotações súbitas, deixadas neste caderno sem método algum e para a serventia exclusiva de quem as fez nos últimos seis meses, ou seja, eu, a partir do dia do meu vigésimo terceiro aniversário, antes de procurar outro lugar para plantar minha tenda.
Naquele tempo eu me chamava Mat, embora tivesse sido batizado Aginulfo. Este nome sempre me soou pesado, mas tenho certeza que, atirados do alto da torre de Pisa, Aginulfo e Mat ao mesmo tempo atingiram o chão dezenas de metros abaixo.

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A vida de Mat, quarto romance do jornalista Mino Carta, é sobretudo um livro de memórias. E como em suas obras anteriores, a ficção aqui não deixa de lançar mão de um fundo autobiográfico. Mat — cujo cujo nome deriva de matto, em italiano, louco — vive na Itália, mas percebe que em algum momento de sua existência fora surpreendido por uma mudança súbita.
“Ao reabrir os olhos a cidade mudara”, e sentado em uma praça do Norte da Itália, de pronto se apresenta um novo continente, com “uma postura frívola, de um barroco colonial cheio de volutas e enfeites de cimento prensado, e estuques coloridos”.
O livro expõe, de modo particular, a insignificância da vida, pelas tópicas da brevidade da nossa existência, da necessidade de viver o momento, do tempo que nos escapa. E, sobretudo, trata da ilusão, ou melhor, da necessidade de se desiludir. Com um conjunto de anotações, cartas e autobiografia sem fatos propriamente, Mat constrói imagens sobre seu tempo, que nada têm de real ou histórico. Como ele mesmo declara de início, estas são notas “para a serventia exclusiva de quem às fez”.
Como diz Mat, “tudo é eterno e nada é. A questão é o tempo, como sabemos, invenção do homem. Sinto que tudo na vida ocorre no mesmo momento, como se nascêssemos mortos.”

Recordações esparsas, anotações súbitas, deixadas neste caderno sem método algum e para a serventia exclusiva de quem as fez nos últimos seis meses, ou seja, eu, a partir do dia do meu vigésimo terceiro aniversário, antes de procurar outro lugar para plantar minha tenda.
Naquele tempo eu me chamava Mat, embora tivesse sido batizado Aginulfo. Este nome sempre me soou pesado, mas tenho certeza que, atirados do alto da torre de Pisa, Aginulfo e Mat ao mesmo tempo atingiram o chão dezenas de metros abaixo.

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