
Conhecer e viver na Amazônia é misturar ao que é real ao imaginário, o misterioso e o fantástico. E mais: a resiliência e a resistência. Tal fato propiciou a dualidade paradoxal dessa região: “paraíso tropical” e “inferno verde”. A mesma região que encanta, assusta.
No entanto, é preciso que se registre o trabalho de pesquisadores que têm, apesar das inúmeras dificuldades, encontrado muitas soluções para as questões que envolvem o caboclo, o ribeirinho, os indígenas, os quilombolas, os seringueiros, os pescadores e para todos os socialmente excluídos, seja nas questões de gênero, de etnia ou escolaridade.
Com o foco na diversidade cultural e com a ajuda dos organizadores (Doutores em Educação): Wendell Fiori de Faria, Rosângela de Fátima Cavalcante França, Clarides Henrich de Barba e Marilsa Miranda de Souza, vemos registrado neste ebook, cujo título é Educação Em Foco: Pesquisa Em Educação Na Amazônia, muitas experiências educativas como: propostas pedagógicas, metodologias alternativas, uso de tecnologias, análise das mídias, valorização sociocultural no ensino da Matemática, de Língua Portuguesa e de outras disciplinas.
São contribuições valorosas para as Secretarias Municipais e Estaduais do Estado de Rondônia, como foi o caso da Proposta Curricular de Língua Portuguesa para o Município de Porto Velho/RO, em 2016.
A Lei de Cotas, o PNAES, a Alfabetização, as Políticas de Formação de Professores nas Licenciaturas da Universidade Federal de Rondônia são discutidas neste suporte, dividido em 5 eixos temáticos e distribuídos em 16 artigos, resultado do trabalho de pesquisa de 36 pesquisadores (professores universitários e egressos de cursos de Mestrado).
Este é um livro que demonstra, sobretudo, o cuidado com a Educação no Campo e Quilombola, revolta-se com a falta de infraestrutura de Escolas Rurais Multigraduadas e grita, mesmo “remando contra a corrente”, que há muita pobreza, mas há também resistência na Amazônia.
Já há algum tempo que nossos pesquisadores inseriram em sala de aula e no cotidiano do amazônida a educação ambiental e a “necessidade de conhecer a evolução do pensamento humano e sua percepção ambiental”, mostrando que o hibridismo cultural, ocorrido durante os movimentos migratórios no processo de colonização e ocupação do estado, revelam nossa marca identitária: ser diferente e singular culturalmente. Ou como disse Loureiro: o caboclo construiu um sistema cultural singular. Uma cultura viva em evolução, integrada e formadora de identidade.
