Desafios Do Planejamento Na Construção Do SUS

Estamos imersos em um tempo de incertezas. Dúvidas, indecisão, perplexidades diante da velocidade das transformações contemporâneas, na economia, na política, na cultura, na vida cotidiana.


Mudanças que influem na subjetividade e nos fazem questionar os referenciais que constituem as lentes através das quais observamos e nos posicionamos diante do mundo, da vida, dos conhecimentos e do trabalho que realizamos, em nosso caso, no âmbito da Saúde Coletiva brasileira e, especificamente, na área de Política, Planejamento, Gestão e Avaliação de sistemas e serviços de saúde.
Impossível, portanto, não estarmos inquietos, buscando refletir sobre o que nos torna o que somos, como pensamos, em que coordenadas nos movemos, que limites nos cercam, que desafios definimos para ultrapassar.
Nesse sentido, damo-nos conta da importância que tiveram, na formação do nosso vocabulário, na linguagem com que apreendemos nossos objetos de estudo e nossos campos de prática, a elaboração e difusão de textos de planejamento, contendo propostas teórico-metodológicas, como foi o caso do método CENDES-OPS, o documento do CCPS, os textos de Mário Testa e de Carlos Matus.
Ademais, percebemos o significado do debate que estes inauguraram e ajudaram a desenvolver, estimulando a redação de outros textos que analisam as noções, conceitos, técnicas e instrumentos de planejamento e programação, refletindo sobre sua pertinência, seu significado, as possibilidades de uso, as armadilhas em que nos lançaram ou as avenidas que abriram para que pudéssemos reconstruir nossa visão de mundo e nossas práticas no dia-a-dia do processo de Reforma Sanitária e de construção do SUS nos últimos anos.
De fato, aqueles que como Washington Abreu, Marluce Assis, Chaider Andrade e Sisse Santana, se embrenharam na leitura, na busca de compreensão e crítica das propostas teórico-metodológicas elaboradas e difundidas no que hoje constitui a área de Política, Planejamento, Gestão e Avaliação em Saúde, sabem o quanto foi importante incorporar ao vocabulário corrente nos processos de formação de pessoal em saúde, noções e conceitos como “necessidades de saúde”; “programação”; “normas técnicas”; “análise de situação”; “imagem-objetivo”; “viabilidade”; “proposições políticas”; “desenho estratégico”; “governabilidade”; e tantas outras que tendem a se tornar senso comum entre aqueles que militam e trabalham nas instituições gestoras do SUS em todas as esferas de governo.

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Estamos imersos em um tempo de incertezas. Dúvidas, indecisão, perplexidades diante da velocidade das transformações contemporâneas, na economia, na política, na cultura, na vida cotidiana.
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Impossível, portanto, não estarmos inquietos, buscando refletir sobre o que nos torna o que somos, como pensamos, em que coordenadas nos movemos, que limites nos cercam, que desafios definimos para ultrapassar.
Nesse sentido, damo-nos conta da importância que tiveram, na formação do nosso vocabulário, na linguagem com que apreendemos nossos objetos de estudo e nossos campos de prática, a elaboração e difusão de textos de planejamento, contendo propostas teórico-metodológicas, como foi o caso do método CENDES-OPS, o documento do CCPS, os textos de Mário Testa e de Carlos Matus.
Ademais, percebemos o significado do debate que estes inauguraram e ajudaram a desenvolver, estimulando a redação de outros textos que analisam as noções, conceitos, técnicas e instrumentos de planejamento e programação, refletindo sobre sua pertinência, seu significado, as possibilidades de uso, as armadilhas em que nos lançaram ou as avenidas que abriram para que pudéssemos reconstruir nossa visão de mundo e nossas práticas no dia-a-dia do processo de Reforma Sanitária e de construção do SUS nos últimos anos.
De fato, aqueles que como Washington Abreu, Marluce Assis, Chaider Andrade e Sisse Santana, se embrenharam na leitura, na busca de compreensão e crítica das propostas teórico-metodológicas elaboradas e difundidas no que hoje constitui a área de Política, Planejamento, Gestão e Avaliação em Saúde, sabem o quanto foi importante incorporar ao vocabulário corrente nos processos de formação de pessoal em saúde, noções e conceitos como “necessidades de saúde”; “programação”; “normas técnicas”; “análise de situação”; “imagem-objetivo”; “viabilidade”; “proposições políticas”; “desenho estratégico”; “governabilidade”; e tantas outras que tendem a se tornar senso comum entre aqueles que militam e trabalham nas instituições gestoras do SUS em todas as esferas de governo.

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