
Voltaire é e será sempre atual, porque haverá sempre superstição, fanatismo, intolerância, injustiça, simonia, milagres, tolice. Nas obras de Voltaire, a revolução. É preciso lê-lo
“Este é o estudo mais eloquente, mais profundo e mais forte que se tem escrito sobre o fanatismo, e do qual Bolingbroke não teve a menor ideia, já que é inteiramente de Voltaire. Foi codenado por decreto da Corte de Roma, em 29 de novembro de 1771, com outras cinco obras de Voltaire” – Quérard.
Em O Túmulo Do Fanatismo, Voltaire diz, que a única preocupação daqueles que estiveram na direção das seitas, era enriquecer e deixar o povo na miséria, porque estes líderes eram trapaceiros, gananciosos e perseguidores sanguinários, quando na realidade, deveriam estar isentos destes vícios, e se preocuparem apenas de entregar as preces dos fiéis a Deus.
Ao estudar a história, Voltaire diz ao seu leitor, que os árabes foram os primeiros povos a criarem fábulas mitológicas. O povo judeu, se originou de uma tribo de árabes errantes, e criaram o judaísmo, cujas bases religiosas foram plagiadas dos árabes.
O culto judeu, já se inicia intolerante, porque a comemoração da Páscoa não era apenas para celebrar a fuga do Egito pelo Mar vermelho, mas também para comemorar a morte de todos os primogênitos egípcios, que foram degolados pelas mãos de Deus.
No Velho Testamento, Deus fez com que o Sol e a Lua parassem, para que os judeus tivessem um dia a mais para matar os inimigos, porém este mesmo Deus, não os livrou do Império Romano, fazendo-lhes de escravos.
De acordo ainda com os escritos de Voltaire, os judeus enquanto permaneceram cativos no Império Romano puderam erigir suas sinagogas e circuncidar seus filhos. Os magistrados romanos eram tolerantes com todas as seitas, desde que nenhuma quisesse dominar a outra, com isto o Império viveu em constante paz.
No final do segundo século, o judaísmo já tinha dado origem ao cristianismo, que ao se desenvolver adotou as mesmas fábulas e a intolerância judaica, porque mandava queimar vivo, aquele que professasse qualquer outra fé.
A seita cristã foi a única, no final do século de nossa era, ousou dizer que queria a exclusão de todos os ritos do império e que ela devia não só dominar, mas esmagar todas as religiões.











