Inocência

Meados do século XIX, província de Mato Grosso. Imagine uma história com cara de Romeu e Julieta. No papel de Romeu, um tal Cirino, moço de bom caráter que atua como médico nos confins do sertão. Como Julieta, a bela e simples Inocência.

Acrescente o cenário rural, um fazendeiro rude e autoritário e um vilão. Tempere tudo com um naturalista alemão, especializado em insetos. Prepare-se para conhecer uma típica história do romantismo regional brasileiro, que, por meio da ficção, retrata os costumes e o comportamento do sertanejo - com direito a muita emoção, suspense e uma pitada de humor.
Embora Inocência tenha sido publicada periodicamente em folhetins na forma de capítulos separados nos jornais diários e, por conta disso, Taunay sentiu-se obrigado a criar uma técnica moderna que modificou seu gênero romanesco, a obra possui um esquema de fábula amorosa que a vincula com alguns clássicos da literatura mundial. Em resumo, essa fábula amorosa pode ser explicada como o casamento visto como resultado de jogo de interesses, a criação de um triângulo amoroso e um amor com empecilhos.
Pela igualdade de enredos, por exemplo, Inocência é muitas vezes associada a Romeu e Julieta de William Shakespeare e às vezes conhecida como "O Romeu e Julieta sertanejo", onde os dois personagens principais se amam mas possuem um amor impossível e, além de terminarem num final trágico, possuem a tentativa de ajuda de uma pessoa que deseja a realização amorosa de ambos (no caso de Inocência seria Antônio Cesário). Outras semelhanças encontradas pelos críticos é a situação de Inocência quando perde Cirino, que pode ser uma conexão com a personagem Teresa de Amor de Perdição, do português Camilo Castelo Branco.
Os 30 capítulos de Inocência são introduzidos com alguma citação de algum nome clássico da literatura universal, e podemos dizer que eles foram importantes para a construção da obra de Taunay, visto que o narrador os associa ao capítulo. Alguns dos nomes citados são Goethe, Rousseau, Cervantes, Ovídio, Molière, Walter Scott, Eurípedes, até mesmo Shakespeare e muitos outros.

  

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Meados do século XIX, província de Mato Grosso. Imagine uma história com cara de Romeu e Julieta. No papel de Romeu, um tal Cirino, moço de bom caráter que atua como médico nos confins do sertão. Como Julieta, a bela e simples Inocência. Acrescente o cenário rural, um fazendeiro rude e autoritário e um vilão. Tempere tudo com um naturalista alemão, especializado em insetos. Prepare-se para conhecer uma típica história do romantismo regional brasileiro, que, por meio da ficção, retrata os costumes e o comportamento do sertanejo – com direito a muita emoção, suspense e uma pitada de humor.
Embora Inocência tenha sido publicada periodicamente em folhetins na forma de capítulos separados nos jornais diários e, por conta disso, Taunay sentiu-se obrigado a criar uma técnica moderna que modificou seu gênero romanesco, a obra possui um esquema de fábula amorosa que a vincula com alguns clássicos da literatura mundial. Em resumo, essa fábula amorosa pode ser explicada como o casamento visto como resultado de jogo de interesses, a criação de um triângulo amoroso e um amor com empecilhos.
Pela igualdade de enredos, por exemplo, Inocência é muitas vezes associada a Romeu e Julieta de William Shakespeare e às vezes conhecida como “O Romeu e Julieta sertanejo”, onde os dois personagens principais se amam mas possuem um amor impossível e, além de terminarem num final trágico, possuem a tentativa de ajuda de uma pessoa que deseja a realização amorosa de ambos (no caso de Inocência seria Antônio Cesário). Outras semelhanças encontradas pelos críticos é a situação de Inocência quando perde Cirino, que pode ser uma conexão com a personagem Teresa de Amor de Perdição, do português Camilo Castelo Branco.
Os 30 capítulos de Inocência são introduzidos com alguma citação de algum nome clássico da literatura universal, e podemos dizer que eles foram importantes para a construção da obra de Taunay, visto que o narrador os associa ao capítulo. Alguns dos nomes citados são Goethe, Rousseau, Cervantes, Ovídio, Molière, Walter Scott, Eurípedes, até mesmo Shakespeare e muitos outros.

  

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