Este material trata do trauma dentário, cada vez mais comum entre crianças e adolescentes. Dirige-se a seus cuidadores — pais, familiares, babás, professores, acadêmicos —, visando tornar acessíveis informações relevantes, porém ainda pouco conhecidas pela sociedade de modo geral.
Diferencia-se por seu conteúdo abrangente, sua organização objetiva e pela linguagem simples, que facilita a compreensão, atentando para o rigor conceitual.
O trauma em dentes permanentes ocorre, frequentemente, em crianças e adolescentes. Aproximadamente 50% das crianças são expostas ao trauma dentário antes da idade escolar — situações, na maioria das vezes, associadas à prática de esportes, a brincadeiras e até a violência.
As consequências do trauma sofrido podem ser desde uma simples fratura de esmalte até situações mais complexas, como a intrusão (entrada do dente na cavidade óssea), fraturas da raiz e a saída total do dente.
A maioria dos traumas envolve dentes anteriores, provocando dificuldades para morder e falar com clareza, por exemplo. Esse comprometimento estético também causa problemas emocionais, limitando o convívio social e fazendo com que a criança ou o adolescente evite sorrir e mostrar seus dentes.
Em Curitiba, no Estado no Paraná, existe um trabalho de referência sendo desenvolvido desde agosto de 2003 pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), nas disciplinas de Endodontia da Graduação, da Pós-Graduação e da Extensão do curso de Odontologia.
O atendimento emergencial a pacientes que sofreram trauma dentário é realizado no Hospital Universitário Cajuru, onde o curso de Odontologia tem um pronto-atendimento.
Outro fato que merece destaque é avaliar a causa dos traumas dentários sofridos por crianças e adolescentes, pois, em alguns casos, nota-se que são ocasionados por agressões e maus-tratos, embora não sejam relatados pelos agredidos nem por seus acompanhantes.