A Baía de Todos os Santos, conhecida como BTS, é uma grande baía localizada nas bordas da terceira maior cidade brasileira, Salvador, capital da Bahia.
Centrada entre a latitude de 12°50’ S e a longitude de 38°38’ W, a BTS apresenta uma área de 1.233 km2, sendo a segunda maior baía do Brasil, atrás apenas da baía de São Marcos, no Maranhão. No entorno da Baía de Todos os Santos há hoje um contingente populacional superior a três milhões de habitantes. Dentre as baías da costa leste brasileira, é a única que apresenta dez terminais portuários de grande porte, um canal de entrada naturalmente navegável e canais internos profundos, o que, desde sempre, a têm tornado um elemento facilitador do desenvolvimento da
região. Sua riqueza natural, com expressiva extensão de recifes de corais, estuários e manguezais e sua forte relação com a história do Brasil fazem da Baía de Todos os Santos um pólo turístico por excelência.
Muito se tem pesquisado sobre a Baía de Todos os Santos, mas as informações decorrentes desses estudos, em boa parte, estão dispersas e pouco acessíveis, o que torna difícil uma visão geral sobre ela. Proporcionar tal visão, com foco nos aspectos oceanográficos, é o objetivo geral deste livro. A Introdução se incumbe de apresentar a Baía de Todos os Santos ao leitor, situando-a histórica e economicamente a princípio para, em seguida, fazer uma descrição de seus aspectos físicos mais gerais.
Entre 1501, quando os portugueses cruzaram pela primeira vez a entrada da Baía de Todos os Santos, e 1590, quando o primeiro complexo urbano na borda da baía, a Cidade do Salvador, estava em pleno funcionamento, houve uma profunda mudança no entorno da BTS. Neste período a índia Kirimurê, grande mar interior dos Tupinambá, foi transformada e batizada na portuguesa Baía de Todos os Santos.
Naquela época, a região do Recôncavo baiano, que abraça toda a área da Baía de Todos os Santos e compreende vários rios e enseadas de portes variados, era coberta por densas florestas e bosques de manguezais. A partir de 1550, entretanto, a implantação da cultura da cana-de-açúcar, primeira monocultura de exportação do Brasil, e a sucessiva instalação de engenhos, unidade agroindustrial mais complexa à sua época, promoveram a acelerada destruição das matas primárias. Estas matas foram utilizadas como combustível vegetal e alimentaram todo setor de construção e reparação de embarcações.
Baía De Todos Os Santos: Aspectos Oceanográficos
- Oceanografia
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